Azeites falsificados podem causar riscos à saúde

Da Redação

O aliado no combate a doenças cardiovasculares é rico em polifenóis,- responsáveis pelo seu sabor característico, e por ter ação antioxidante, protege contra alguns tipos de câncer, e doenças degenerativas. Além da ação anti-inflamatória o azeite de oliva também é fonte de vitamina ‘E’ e de gorduras mono e poli-insaturadas, benéficas para a saúde.

O importante é ficar atento à procedência do produto. Vale lembrar que o verdadeiro azeite vem da azeitona, pura e simplesmente. A partir da prensagem do fruto maduro da oliveira, é tratado exclusivamente por processos físicos: lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação. Não são adicionados produtos químicos.

“O problema é que a diferença não está apenas no sabor, mas principalmente na composição química, que chega a influenciar os benefícios do azeite para nossa saúde”, explica Dennis Nakamura, da Relp! Aceleradora de Restaurantes, que acompanhou a Brazil iOOC (international olive oil competition).

Este ano, de maio a julho, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) proibiu a venda de seis marcas de azeites. Todas, além de fraudadas com misturas de óleos diversos, e ausência de azeite de oliva, estavam impróprias para o consumo. A utilização de qualquer outro produto no azeite já o torna uma fraude, segundo o MAPA, que destaca que o produto é o segundo da área de alimentação mais falsificado no mundo, perdendo apenas para o pescado.

Azeite, vem do árabe e significa “óleo”. Diferentemente dos vinhos, o de oliva quanto mais novo melhor. Ele é obtido com a primeira pressão das azeitonas. Depois de recolhido esse primeiro óleo, são feitas novas pressões, e se obtém mais azeite. Porém, apenas a primeira, é considerada “extra-virgem”.

As principais falsificações se dão por meio da mistura de óleos vegetais ou animais, que não são permitidos, de acordo com o PROTESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). “A adulteração e falsificação, além de ser crime contra a saúde pública, é fraude ao consumidor”, alerta Dennis Nakamura, da Relp! Aceleradora de restaurantes. “Será que vale o risco, comprometer a reputação da sua culinária/cozinha, por ‘alguns reais’ de economia?”, questiona Nakamura.

Indicador de qualidade

Diversos países produtores participaram do concurso, na BRAZIL iOOC (international olive oil competition), que aconteceu em São Paulo, uma das principais escolas de gastronomia do país, entre os dias 14 e 16 de agosto, em parceria com o Curso de Tecnologia em Gastronomia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Com um certificador de qualidade, e um júri de especialistas do Brasil e de Portugal, os produtos concorreram à melhor marca internacional.

A apresentação trouxe para o consumidor, importadores, distribuidores, chefs, profissionais de serviços de alimentação além de jornalistas nacionais e internacionais, em competição dos melhores produtos, entre países como Argentina, Brasil, Chile, Portugal, Croácia, Espanha, Itália, Grécia, Líbano e Uruguai.

“Essas competições são ótimas formas de projetar marcas de qualidade do Brasil para o exterior, além de promover um networking interessante para o meio”, comenta Maurício Gouveia, organizador do evento no País.

Um dos objetivos deste evento é treinar bem os alunos para que respeitem os alimentos e zelem para que saibam o que estarão servindo para seus consumidores no futuro.

Para certificar que a sua cozinha utiliza os melhores produtos uma das melhores dicas que podemos dar para todos é sempre verificar se o azeite está descrito como virgem ou extravirgem, data da colheita das azeitonas, tipo de azeitonas que foram utilizadas, aroma fresco que remete à natureza e preço razoável. “É difícil saber se todas essas informações são verdadeiras, mas só de o fabricante tê-las descritas em alguma etiqueta ou rótulo já ajuda a reduzir o risco”, confirma Dennis Nakamura.

Denúncias podem ser realizadas ao Ministério da Agricultura por meio do telefone 0800 704 1995.

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