Autarca lamecense pedem explicações sobre Programa Funcional

Autarca lamecense pedem explicações sobre Programa Funcional Ígor Lopes (Portugal)-  O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, esteve, na semana passada, em Lisboa, juntamente com outros autarcas do Douro Sul, durante a homologação do Programa Funcional do novo Hospital de Lamego. O autarca diz-se satisfeito com a aprovação desse Programa. Entretanto, está a elaborar uma lista com algumas dúvidas em relação a alguns serviços propostos nesse mesmo Programa. Segundo Francisco Lopes, embora esteja “satisfeito e confiante” com a aprovação do Programa Funcional e com a construção do Novo Hospital de Lamego, “é necessário analisar se esse programa responde ao que entendemos ser as necessidades de saúde da nossa população. (…) Após essa análise, tivemos a possibilidade de identificar vantagens e inconvenientes no programa”. Para o edil, alguns pontos carecem de maior explicação por parte do Governo. No que toca ao Serviço de Urgência básico, Francisco Lopes refere que se não for atribuído um nível superior de cuidados, as urgências terão os mesmos serviços que hoje são prestados pelos SAP’s. De acordo com alguns profissionais de saúde, se esse serviço de urgência não tiver nível qualificado, “haverá uma onda de transferências de doentes para Vila Real, por parte dos médicos que tiverem uma mínima dúvida durante o diagnóstico da situação do doente”. O número reduzido de camas é também um dos pontos criticados pelo autarca lamecense e poderá favorecer a transferência de doentes para Vila Real. Em relação aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, a dúvida recai sobre o tipo de equipamentos que serão disponibilizados. Sobre as cirurgias de ambulatório geral, resta saber, efectivamente, que tipo de cirurgias serão realizadas. Já o serviço de unidade de dia e serviço domiciliário suscita também algumas dúvidas, em relação ao número de leitos. Francisco Lopes referiu ainda ter “desafiado” o ministro da Saúde, Correia de Campos, a evitar o esvaziamento do actual Hospital Distrital de Lamego a nível de recursos humanos e de valências até que o novo hospital seja aberto à população. “Hoje em dia o nosso hospital vive um período de instabilidade em relação ao seu futuro e a todas essas mudanças. (…) O ideal seria promover um período de transição e adaptação até que os serviços sejam realizados no novo hospital”. O financiamento foi alvo também de discussão entre Francisco Lopes e Correia de Campos, em Lisboa. A única possibilidade que viabiliza o processo financeiramente é ser suportado através de Fundos Comunitários. “Congratulo-me com a homologação do projecto funcional e com a vontade política demonstrada pelo Governo em colocar o novo Hospital de Lamego novamente na agenda política. Quero acreditar que o Estado é uma pessoa de bem e que vai cumprir os prazos estabelecidos”, finaliza Francisco Lopes.

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