Após incêndio, Câmara de Oleiros prevê um prejuízo de sete milhões de euros

Um helicóptero descarrega de água junto a populares que combatem um reacendimento durante a fase de consolidação do incêndio que deflagrou no sábado em Oleiros e que se estendeu a Proença-a-Nova e Sertã. PAULO NOVAIS/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O incêndio que deflagrou no sábado em Oleiros teria provocado um prejuízo de cerca de sete milhões de euros na floresta daquele concelho, segundo o presidente do município.

O presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, afirmou que não se contabilizam danos em casas de primeira habitação ou de segunda habitação no levantamento feito até ao momento, registando-se apenas uma casa devoluta que ardeu e “alguns palheiros e anexos agrícolas”.

Os prejuízos são “muito significativos” no setor da floresta, com cerca de 1.600 hectares ardidos, sobretudo de pinhal.

Os primeiros 400 hectares que arderam eram de pinhal com cerca de 17 anos (tinham ardido no incêndio de 2003) e os restantes 1.200 hectares de pinhal com “mais de 40 anos, que nunca tinham ardido” e, portanto, com maior valor.

Ao todo, Fernando Jorge acredita que os prejuízos neste setor serão de cerca de sete milhões de euros apenas no seu concelho.

Já o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, afirmou que não tem ainda estimativas da área ardida, referindo apenas que não há registro de qualquer imóvel afetado pelas chamas.

Também na Sertã, os prejuízos serão sobretudo na floresta que ardeu, não tendo a autarquia conhecimento de qualquer casa de primeira ou segunda habitação atingida, afirmou à Lusa o vereador Rogério Fernandes.

O incêndio que deflagrou no sábado em Oleiros e que se estendeu a Proença-a-Nova e Sertã foi dominado na manhã desta segunda-feira e, segundo um primeiro balanço ainda por confirmar, terão ardido cerca de seis mil hectares, anunciou a Proteção Civil.

“O incêndio que teve início na tarde de sábado, a esta hora, está dominado. Ainda assim, todo o efetivo mobilizado está no terreno em trabalhos de consolidação”, afirmou, durante a conferência de imprensa para fazer o balanço dos trabalhos, o comandante operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul, Luís Belo Costa.

O responsável adiantou ainda que a área ardida naqueles concelhos do distrito de Castelo Branco rondará os seis mil hectares, uma informação que disse carecer de confirmação.

Já em relação ao efetivo, mantêm-se esta manhã no terreno 868 operacionais, apoiados por 274 viaturas e dois meios aéreos, sendo que um deles é um avião de monitorização e coordenação para detetar eventuais pontos quentes e monitorizar todo o perímetro do incêndio, e o outro presta apoio ao combate.

“Não há nenhuma aldeia em risco. Todas as situações estão salvaguardadas e asseguradas”, referiu Luís Belo Costa.

Apesar de o incêndio estar dominado desde as 08:00, o responsável da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realçou que se está ainda num período que carece muita atenção, sobretudo nas zonas onde o fogo ficou dominado mais tarde, nas frentes viradas ao concelho de Proença-a-Nova e ao concelho de Castelo Branco.

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