Após aglomerações, Santuário de Fátima vai reunir-se com Ministério da Saúde

Da Redação
Com Lusa

Os responsáveis pelo Santuário de Fátima vão reunir-se com o Ministério da Saúde “o mais rapidamente possível”, disse nesta segunda-feira o secretário de Estado da Saúde, destacando a ”preocupação acrescida” da instituição com os aglomerados de pessoas no recinto.

“Já chegou um pedido de reunião ao gabinete por parte da instituição, o que revela bem a preocupação acrescida e com certeza que reuniremos o mais rapidamente possível”, disse António Lacerda Sales na conferência de imprensa regular de atualização dos números da covid-19 em Portugal, depois de ter sido questionado sobre o aglomerado de pessoas que esteve no domingo no Santuário de Fátima.

O acesso ao Santuário de Fátima, no concelho de Ourém, foi bloqueado no domingo quando o complexo religioso atingiu a lotação máxima permitida no contexto da pandemia de covid-19, disse a porta-voz da instituição.

O secretário de Estado afirmou que a igreja católica teve, num passado recente, “um comportamento exemplar e de diálogo constante e permanente com as autoridades de saúde”.

“Estou convencido que o que se passou ontem [domingo] foi que a instituição não estaria com certeza à espera, porque não era habitual em outros anos, ter tanta gente e provavelmente quando se apercebeu do número de pessoas bloqueou as entradas. A própria instituição já veio reconhecer este facto”, sublinhou.

O secretário de Estado disse ainda ser importante que no próximo dia 13 de outubro, quando se realiza mais uma peregrinação, a instituição esteja “devidamente prevenida e preparada”, devendo programar essa data “de forma a garantir a segurança da comunidade e a respeitar a Direção-geral da Saúde”.

País

Portugal contabiliza hoje mais quatro mortos relacionados com a covid-19 e 613 novos casos de infecção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal já registrou 1.871 mortes e 64.596 casos de infecção.

Ainda segundo a DGS, é “muito difícil” saber se Portugal está neste momento passando por uma segunda vaga de covid-19, apesar de ser notório o aumento do número de casos diários.

“Relativamente à segunda vaga, é notório que estamos a ter um aumento do número casos, sendo que em Portugal no intervalo entre os primeiros meses e agora nunca tivemos num patamar com praticamente ausência de casos. Tivemos sempre uma situação com casos todos os dias e todas as semanas”, disse aos jornalistas a diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa regular de atualização dos números da covid-19 em Portugal.

Graça Freitas sustentou que “é muito difícil” responder se Portugal está ou não a enfrentar uma segunda vaga de covid-19, uma vez que esta é a primeira vez que se está a lidar com o vírus.

“Não temos um histórico como é o seu comportamento ao longo do tempo. O que sabemos é que na curva epidêmica estamos a apresentar uma subida que é notória e que se prevê que vá continuar. Se constitui ou não uma segunda vaga só daqui a uns dias, daqui a umas semanas, é que perceberemos se essa tendência se mantém e vai ficar”, frisou a responsável.

Graça Freitas acrescentou que à medida que se vai “conhecendo o historial do vírus é mais fácil saber” se Portugal está “em vaga ou é só uma questão técnica mais complicada”.

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