Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac e AstraZeneca

Mundo Lusíada Com agências

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu neste dia 8 o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina CoronaVac. A solicitação foi feita pelo Instituto Butantan de São Paulo, que conduz os estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac no Brasil.

A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até dez dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório.

Na quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina CoronaVac para este ano. “Hoje nós assinamos com o Butantan o contrato para a entrega das primeiras 46 milhões de doses até abril e de mais 54 milhões no decorrer do ano” confirmou o ministro da Saúde.

Esse modelo foi adotado pelo ministério pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. O Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78% nos casos leves da doença.

Os dados dos estudos de fase 3 realizados no Brasil apontaram ainda que a vacina tem 100% de eficácia nos casos graves e moderados da Covid-19. Após ser aprovada, o governo paulista pretende iniciar a vacinação no Estado no dia 25 de janeiro.

AstraZeneca
Anvisa recebeu também nesta sexta-feira (8/1), o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental da vacina de Oxford. O pedido foi enviado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que no Brasil conduz os estudos da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca.

O pedido da Fiocruz é para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. O laboratório é um dos fabricantes da vacina da AstraZeneca. Ao todo, o Brasil já tem garantidas 254 milhões de doses do imunizante da farmacêutica, que será produzida no país pela Fiocruz.

O ministro Pazuello falou ainda sobre a distribuição dos imunizantes. “Todas as vacinas que estão no Butantan serão, a partir desse momento, incorporadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Elas serão distribuídas de forma equitativa e proporcional, assim como as vacinas da AstraZeneca”, explicou o ministro, ressaltando o contrato já firmado pelo Governo Federal para a aquisição de doses e transferência de tecnologia da farmacêutica que produz a vacina de Oxford.

Reinfeção com mutação da África do Sul
Cientistas identificaram no Brasil o primeiro caso de reinfecção provocada por um tipo de mutação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) encontrada inicialmente na África do Sul, e que preocupa as autoridades de saúde devido à sua elevada transmissibilidade.

A descoberta foi feita por pesquisadores brasileiros do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e publicada numa versão preliminar que ainda aguarda revisão por pares na revista científica The Lancet Infectious Diseases.

A mutação sul-africana do novo coronavírus chamada E484K, que em tese tornou o vírus mais infeccioso, foi detectada numa mulher de 45 anos em Salvador, na Bahia.

A paciente foi infectada pela primeira vez em 20 de maio e voltou a apresentar o diagnóstico da doença em 26 de outubro, sendo os sintomas na segunda contaminação mais severos.

Ambos os diagnósticos foram confirmados por testes RT-PCR. Após a segunda ocorrência a paciente passou por um teste para confirmação de anticorpos.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (200.498, em mais de 7,9 milhões de casos), depois dos Estados Unidos, e 87 mil casos registrados nas últimas 24h.

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