América supera Europa em infectados e é novo foco mundial de Covid-19

O número de casos de covid fizeram com o que o Brasil ultrapassasse a Alemanha, e se tornou o 7º país do mundo com mais infectados. Foto: Ministro Teich visita Hospital de Manaus.

Da Redação
Com agencias

Nesta terça-feira, o continente americano ultrapassou a Europa em número de infectados com a covid-19 ao registrar cerca de 1,74 milhões de casos, tornando-se no novo foco mundial da pandemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a América registra agora 1,74 milhões de casos confirmados de coronavírus e superou a Europa, que totalizava 1,73 milhões nas últimas horas e era, desde meados de fevereiro, o ‘epicentro’ da pandemia.

As mortes por covid-19 no continente americano porém, que na segunda-feira ultrapassou a barreira dos 100 mil óbitos, são significativamente inferiores aos quase 160 mil registrados na Europa, segundo dados divulgados pela OMS.

Os dados que a Universidade Johns Hopkins atualiza todos os dias ajudam a ter uma ideia sobre a evolução da doença e seu impacto sobre os índices de mortalidade nos países.

A instituição estimou que a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes devido à covid-19 é de 24,66 nos Estados Unidos; 13,80 no Canadá; 12,56 no Equador; 6,13 no Peru; 5,96 no Panamá; 5,56 no Brasil; 2,83 no México; 1,72 no Chile; 1,21 em Honduras; 1,07 na Bolívia, 0,96 na Colômbia e 0,71 na Argentina.

Dada a magnitude dos números, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou-se “muito preocupada” com a velocidade com que a covid-19 está a propagar-se no continente americano, onde na última semana foram contabilizados mais 266.269 casos.

“Estamos muito preocupados com a rapidez com que a pandemia está a propagar-se. A nossa região levou três meses para atingir um milhão de casos, mas menos de três semanas para quase duplicar esse número”, disse a diretora da organização, Carissa Etienne.

A diretora da OPAS alertou que, devido a esse crescimento na mortalidade e transmissão do vírus na América do Sul, os sistemas de saúde em grandes centros urbanos como Lima [Peru] ou Rio de Janeiro [Brasil] “estão rapidamente a ficar sobrecarregados”.

Os EUA registaram quase 1.900 mortes nas últimas 24 horas, um novo aumento no número diário de óbitos causados pela covid-19, após dois dias de declínio acentuado, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

No Brasil

Nesta terça-feira, o número de casos de covid fizeram com o que o Brasil ultrapassasse a Alemanha (com 173 mil infectados), e também se tornou o 7º país do mundo com mais casos, segundo levantamento feito pela universidade americana Johns Hopkins, que também aponta que o Brasil deve superar em breve a França.

O Ministério da Saúde registrou até este dia 12 o total de 177.589 casos de coronavírus em todo o Brasil, sendo que 40% das pessoas (72.597) estão recuperadas após contraírem a doença. Outros 95.593 casos (52,1%) estão em acompanhamento.

Até o momento, são 12.400 mortes provocadas pela doença, que tem taxa de letalidade de 7%, considerando o total de casos confirmados. Nas últimas 24 horas, foram 9.258 novos casos registrados, além de 881 novos óbitos, sendo que 206 deles aconteceram nos últimos três dias.

Mesmo com o decreto presidencial que inclui outros serviços na lista de atividades essenciais durante a pandemia, governadores de diversos estados brasileiros decidiram manter fechados salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

Como justificativa, os governadores defendem o isolamento social para evitar o avanço do novo coronavírus e lembram decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em abril, definiu que cabe aos governos estaduais e municipais estabelecer medidas restritivas de locomoção e coordenação das atividades dentro de suas fronteiras, sem o aval do governo federal.

O presidente Jair Bolsonaro vem se manifestando há várias semanas pela reabertura dos comércios e, diante da decisão do STF, ampliou os serviços essenciais. Já foram incluídos, além de supermercados, farmácias e infraestrutura, outros segmentos, como construção civil e, agora, salões, barbearias e academias.

Segundo Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União (AGU) será acionada para fazer valer o cumprimento do decreto pelos governos estaduais. “Se por ventura o governador falar que não vai cumprir, a Advocacia-Geral da União e o Ministério da Justiça vão tomar as devidas providências”, disse.

Rio de Janeiro já declarou que não vai acatar o decreto presidencial. Piauí, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Pará, Amapá, Tocantins, Goiás e até o Distrito Federal também não vão reabrir serviços como salões e barbearias. Outros governadores já tinham definido tipos de serviços que podiam funcionar ou regiões com menos casos da doença que estão liberados para abrir.

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