Ambientalistas e ativistas criticam acordos do G8

Os oito países acordaram na necessidade de reduzir para metade as emissões de gás com efeito estufa até 2050 e comprometeram-se a reduzir substancialmente as emissões de dióxido de carbono, causadoras do chamado efeito de estufa e do aquecimento global do planeta.

Para a Greenpeace, um dos objetivos concretos seria o fim da desflorestação das florestas tropicais e equatoriais. De acordo com o perito, os membros do G8 limitaram-se a reconhecer a necessidade de reduzir "substancialmente" as emissões poluentes responsáveis pelo aquecimento global.

A organização de defesa do ambiente WF mostrou-se mais moderada, com o seu diretor do programa Clima, Hans Verolme, a afirmar que "o que conta é que estejam todos de acordo para prepararem a conferência de Bali", que as Nações Unidas estão a organizar para Dezembro.

Em Londres, a organização não-governamental Oxfam saudou o "passo em frente" dado pelo G8, mas lamentou "profundamente" que os Estados Unidos não se tenham comprometido num objetivo concreto. "Em vez de terem dado um passo em frente, os países deviam ter corrido” afirmou António Hill, conselheiro da Oxfam. A organização ecologista alemã BUND criticou também um compromisso "ultramagro". A ausência de objetivos concretos é compensada com "promessas frouxas", lamentou o líder da BUND, Gerhard Timm.

Apesar disso, os manifestantes contra o G8 disseram que as suas ações de protesto foram um sucesso. Por terra e mar, os manifestantes encetaram esforços para quebrar o cordão de segurança em redor da cimeira. A rede G8, um movimento que reúne pessoas interessadas em participar na contra-cimeira do G8, promoveu ações de rua também em Portugal, assinalando desta forma o Dia Internacional pela Justiça Climática. Lisboa e Porto foram as cidades que se juntaram ao protesto global em 8 de junho, marcando também o final da reunião dos países mais industrializados do mundo, reclamando por "justiça climática contra as políticas do países mais ricos do planeta".

Os ativistas também denunciaram "um dos aspectos que mais gravemente está a contribuir para esta situação: o abuso e favorecimento do automóvel privado a par com o desprezo e crescente mau trato dado aos transportes coletivos e aos seus utentes". << voltar

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