Alguns dos óbitos do último boletim em Portugal não são das últimas 24 horas

Da Redação
Com Lusa

O secretário de Estado da Saúde esclareceu nesta segunda-feira que apenas seis das 14 mortes de covid-19 incluídas no boletim epidemiológico ocorreram nas últimas 24 horas, resultando os restantes da verificação dos certificados de óbitos feitas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Apenas seis dos 14 novos óbitos ocorreram nas últimas 24 horas e os restantes nove óbitos incluídos no relatório da situação de hoje resultam da verificação dos certificados de óbitos levado a cabo pela DGS”, disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária para atualização dos dados referentes ao covid-19.

Portugal registra neste dia 25 de maio 1.330 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que no domingo, e 30.788 infectados, mais 165, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela DGS.

Em comparação com os dados de domingo, em que se registravam 1.316 mortos, um aumento de óbitos de 1,1%.

O secretário de Estado referiu ainda que a taxa de letalidade global é de 4,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 16,7%.

Na sua intervenção inicial, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que os certificados de óbitos eletrônicos emitidos pelo médico são feitos a pacientes suspeitos de covid-19, mas sem terem ainda um teste positivo.

“Nesta situação covid pode acontecer um óbito e a pessoa tem sintomatologia compatível com covid, o médico regista como covid e depois nas horas seguintes, se chegar um teste a dizer que afinal era negativo, que a causa seria outra, obviamente que esse óbito não é contabilizado. O inverso também pode acontecer”, disse Graça Freiras.

A diretora-geral da Saúde frisou que “pode haver pequenas diferenças” no número de óbitos novos em cada dia.

“Agora há muitos poucos casos de óbitos, não estranhem poder haver pequenas diferenças no dia-a-dia que se devem apenas à precisão do certificado de óbito”, sustentou.

A região Norte é a que registra o maior número de mortos (744), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (322), do Centro (233), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que registra um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de domingo, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registro de óbitos.

Descontrair

O secretário de Estado da Saúde também disse que “desconfinar não é descontrair” e “normalizar não é desresponsabilizar”, avançando que no domingo chegaram a Portugal 60 ventiladores vindos da China.

“Desconfinar não é descontrair, normalizar não é desresponsabilizar. Temos por isso o dever cívico de nos protegermos e de protegermos os outros. A nossa saúde continua a depender de todos”, alertou António Lacerda Sales, na conferência de imprensa.

O secretário de Estado deu conta que continuam a chegar ao país os ventiladores da encomenda feita por Portugal à China, tendo no domingo chegado 60 ventiladores.

O governante destacou que estes ventiladores “são cruciais para aumentar a capacidade de resposta em cuidados intensivos”.

O secretário de Estado fez ainda um balanço sobre o número dos testes de diagnóstico à covid-19 feitos no país, indicando que se realizam mais de 745 mil desde o dia 01 de março.

Segundo António Lacerda Sales, entre 01 a 23 maio foram feitos em média cerca de 13.700 testes por dia e, neste momento, há 87 laboratórios a fazer testes de diagnóstico à SARS-CoV-2, 37 dos quais no Serviço Nacional de Saúde, 26 nos privados e 24 em outros laboratórios que envolvem a academia, Exército e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Iniav).

No total de testes, 49,7% foram realizados nos laboratórios públicos, 40,2% em laboratórios privados e 15,1% em outros laboratórios, indicou.

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