A subida de novos casos de covid-19 e óbitos nas últimas 24 horas no mundo

Da Redação
Com Lusa

A pandemia do novo coronavírus provocou a nível mundial 10.558 mortes nas últimas 24 horas, enquanto o número de novos casos de infecção chegou nos 406.096, segundo balanço diário da France-Presse (AFP).

Estes números representam uma subida significativa em relação aos valores relativos a segunda-feira (e divulgados na terça-feira pela agência noticiosa francesa), dia em que foram recenseados 6.800 mortos e 298.141 casos da doença covid-19 em todo o mundo.

No total, e desde que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado na China em dezembro de 2019, a doença covid-19 já provocou pelo menos 2.549.910 mortes entre os mais de 114.713.590 casos de infecção oficialmente diagnosticados em todo o mundo.

A grande maioria dos pacientes recupera da doença, mas uma parte destas pessoas (grupo que ainda necessita de uma investigação mais aprofundada) ainda relatam sentir alguns sintomas associados durante semanas ou mesmo até meses, segundo a AFP, que não divulga hoje o número total de casos de infecção pelo SARS-CoV-2 recuperados no mundo.

A AFP esclarece que estes números estão fundamentados nos balanços fornecidos diariamente pelas autoridades sanitárias de cada país e excluem as revisões realizadas posteriormente por organismos de estatística, como ocorre na Rússia, Espanha e no Reino Unido.

Os países que registraram mais mortes nas últimas 24 horas foram, e de acordo com os respectivos balanços nacionais, os Estados Unidos da América (EUA) com 2.136 óbitos, o Brasil (1.641) e o México (1.035).

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 516.616 mortes entre 28.719.660 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.

Depois dos Estados Unidos, a lista dos países mais afetados em termos globais mantém-se inalterada: Brasil com 257.361 mortos e 10.646.926 casos, México com 187.187 mortos (2.097.194 casos), Índia com 157.346 mortos (11.139.516 casos) e o Reino Unido com 123.296 mortos (4.188.400 casos).

Ainda entre os países mais afetados, e segundo a análise da AFP, a República Checa é atualmente aquele que conta com mais mortos em relação à sua população, com 196 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido por outros quatro países também europeus: Bélgica (191), Eslovênia (186), Reino Unido (182) e Montenegro (163).

Por regiões do mundo, a Europa totalizava até esta quarta-feira 860.055 mortes em 37.874.127 casos de infeção confirmados, a América Latina e as Caraíbas 683.590 mortes (21.536.767 casos), os Estados Unidos e o Canadá 538.655 mortes (29.591.319 casos), a Ásia 257.503 mortes (16.203.808 casos), o Médio Oriente 104.777 mortes (5.561.104 casos), a África 104.379 mortes (3.914.002 casos) e a Oceania 951 mortes (32.465 casos).

Desde o início da pandemia, o número de testes de diagnóstico realizados aumentou significativamente e as técnicas de despistagem e rastreio melhoraram, levando a um aumento das infeções registadas e comunicadas.

No entanto, de acordo com a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do real número total de infecções, com uma proporção significativa de casos menos graves ou assintomáticos a não serem recenseados.

Este balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido a correções feitas pelas autoridades ou a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente aos dados publicados no dia anterior, segundo referiu a AFP.

Recorde Brasil 

Neste dia 02, o Brasil registrou o seu maior número de mortes diárias desde o início da pandemia, após ter contabilizado 1.641 óbitos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Os números registrados entre segunda-feira e terça superam o recorde alcançado em 29 de julho, quando o país sul-americano somou 1.595 óbitos num único dia e a primeira onda da pandemia estava no auge.

Neste momento, em que o Brasil assiste a uma segunda vaga da covid-19, e consequente colapso das suas redes de saúde públicas e privadas, o país totaliza 257.361 vítimas mortais, de acordo com o último boletim epidemiológicos difundido pela tutela da Saúde.

Já em relação ao número de infecções, a nação sul-americana, uma das mais afetadas no mundo pela pandemia, registou 59.925 diagnósticos positivos em 24 horas, elevando o total para 10.646.926 casos.

A taxa de letalidade da doença em território brasileiro está fixada em 2,4% e a taxa de incidência é agora de 122,5 mortes e 5.066 casos por 100 mil habitantes.

Geograficamente, São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, totalizando 2.054.867 casos de infeção, sendo seguido por Minas Gerais (887.080), Bahia (689.454) e Santa Catarina (681.391).

Por outro lado, as unidades federativas que concentram o maior número de óbitos são São Paulo (60.014), Rio de Janeiro (33.176), Minas Gerais (18.645) e Rio Grande do Sul (12.654).

O Brasil, que enfrenta ainda uma nova estirpe mais agressiva do coronavírus, detetada no Estado do Amazonas (P.1) e que estudos indicam ser mais contagiosa, vê agora a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva do sistema público de saúde a ultrapassar os 80% em 18 das suas 27 unidades federativas, e cada vez mais jovens a serem gravemente afetados pela doença.

Com pouco mais de 3% da sua população vacinada, o Brasil enfrenta vários entraves no processo de imunização, como a escassez de vacinas e dificuldades nas negociações para aquisição de novas doses.

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