Mundo Lusíada
Com agencias
O secretário português das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, declarou em 16 de setembro que espera assinar um memorando para formalizar a localização do aeroporto complementar à Portela no Montijo até ao fim da legislatura.
“Vamos ver se há condições para isso. Espero que seja possível assinar um memorando com diversas partes onde nos comprometemos com a localização. Mesmo que não seja possível, julgo que a decisão será essa e tudo ficará preparado para que o Montijo seja a alternativa complementar à Portela”, disse.
Monteiro defendeu que é importante que se evite um novo aeroporto que reduza a competitividade do destino Lisboa, considerando que a atratividade do destino está ligada à localização do aeroporto.
“Um aeroporto como a Portela que tem capacidade para crescer, com o metro a chegar ao local, deve continuar a ser potenciado. Temos um aeroporto a 1,40 euros, que é o preço do bilhete do metro, do centro da cidade e isso é algo que não deve ser destruído”, salientou, quando questionado sobre a possibilidade de um novo aeroporto de raiz no Campo de Tiro de Alcochete.
No início do mês, o presidente executivo de uma companhia irlandesa, Michael O’Leary, defendeu a urgência de um aeroporto complementar, acusando a gestora dos aeroportos portugueses, de limitar a capacidade de crescimento da companhia.
“Lisboa pode crescer muito mais. É altura de pensar no Montijo. Queremos investir em Lisboa, mas neste momento estamos bloqueados pelo aeroporto da Portela”, afirmou o responsável da cia. de baixo custo.
Michael O’Leary disse não tem dúvidas de que o grupo francês Vinci “quer que o tráfego permaneça abaixo dos 22 milhões de passageiros [anuais]”, valor que o Governo definiu como sendo a capacidade máxima da infraestrutura da Portela.
Leary adiantou que viu recusado pela Vinci o pedido para o aumento de movimentos por hora no aeroporto de Lisboa, por “não querer crescer para não atingir o limite que o Governo definiu”. Ele pediu que o governo abra Montijo e deixe os dois aeroportos concorrer, como acontece em outras cidades europeias, para que “Lisboa possa ser uma nova Barcelona”.
A Ryanair conta atualmente com quatro bases em Portugal – Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada – e tem a meta de transportar oito milhões de passageiros em 2016.