Portugal quer internacionalizar ensino superior e duplicar estudantes estrangeiros

Mundo Lusíada

logo_bandeira-PortugalO Ministério da Educação e Ciência apresentou em Lisboa o relatório “Uma estratégia para a Internacionalização do Ensino Superior Português”, em 23 de setembro, na presença do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento regional, Miguel Poiares Maduro, e do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.

O relatório, elaborado por um grupo de trabalho coordenado pelo Professor Dr. João Guerreiro, ex-reitor da Universidade do Algarve, materializa o objetivo definido no Programa do XIX Governo Constitucional – de proceder à internacionalização das instituições de ensino superior portuguesas, tendo identificado como área prioritária a mobilidade dos estudantes, docentes e pesquisadores.

Mais de 31.000 estudantes internacionais frequentavam o ensino superior em Portugal no ano letivo 2013/2014, sendo que 85% eram oriundos de países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou da União Europeia. Mas o grupo de trabalho defende que existe uma “ampla margem de progresso para a atração de mais estudantes internacionais”, assumindo que é possível duplicar o número de estudantes estrangeiros até 2020.

A Estratégia aponta para uma aposta na colaboração entre instituições, através da multiplicação de formações em consórcio (principalmente pós-graduações), promover relações entre investigadores, conceber projetos com execução cruzada e fomentar a mobilidade de estudantes, professores e investigadores.

O documento propõe uma estratégia global de internacionalização do Ensino Superior português que vá além de medidas que atualmente já fazem isoladamente algumas instituições, no ensino e investigação científica.

Também reforça a importância de algumas iniciativas como a aprovação do Estatuto do Estudante Internacional, a aposta no ensino a distância ou a realização de roadshows de instituições de ensino superior portuguesas em países europeus considerados estratégicos para estabelecer parcerias, como o já marcado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas no Luxemburgo.

O relatório elenca uma série de recomendações, cerca de 40 ações, que deverão inspirar um Plano de Ação. Diversas entidades foram envolvidas nesta temática, tais como unidades integradas na Presidência do Conselho de Ministros e dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna, além das entidades representativas das universidades públicas, dos institutos politécnicos públicos e das instituições de ensino superior privadas, bem como autarquias locais e a AICEP.

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