Governo recusa suspender privatização da TAP e greve se mantém para final do ano

Mundo Lusíada
Com Lusa

MinistroEconomiaAntonioPiresLimaO dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e dos Aeroportos Paulo Duarte declarou em 16 de dezembro que a greve marcada para o final do ano irá se manter depois que o Governo português recusou suspender a privatização da empresa. “Uma vez que o Governo diz que mantém [a intenção de privatizar a TAP], nós vamos manter a greve também”, afirmou Paulo Duarte, sublinhando que a posição dos sindicatos era muito clara.

A plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da TAP apresentou na segunda-feira ao Governo um memorando no qual propõe a suspensão do processo de privatização da companhia e da greve entre 27 e 30 de dezembro.

O Ministério da Economia assegurou, no entanto, que não vai suspender a privatização da companhia, referindo que o processo foi comunicado pelo Governo na sexta-feira não tendo sido contestado pela plataforma sindical.

Apesar de referir que os 12 sindicatos que representam os trabalhadores da transportadora aérea e que se propõem fazer greve entre os dias 27 e 30 de dezembro não receberam ainda uma resposta oficial do Governo, Paulo Duarte adianta que a posição está decidida.

“A posição dos sindicatos ficou bem expressa no documento que enviamos. Nós pedimos que [o Governo] suspendesse este modelo de privatização em curso e, se assim fosse, a greve era suspensa”, afirmou, explicando que face à recusa do Governo, a greve será mantida.

Recusa
O Ministério da Economia anunciou que não vai aceitar um dos pontos do memorando entregue pela plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da TAP.

O Ministério da Economia confirmou, em comunicado, que recebeu o memorando, afirmando que este “contém, no entanto, um primeiro ponto, entre outros, que não é passível de aceitação pelo Governo, por não cumprir a condição prévia da não suspensão do processo de privatização, comunicada pelo Governo na reunião de sexta-feira e não contestada pela plataforma sindical”.

A plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP refere que a greve tem como objetivo “sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização” da companhia.

O ministro da Economia reafirmou porém a convicção de que a privatização é a melhor opção para salvaguardar o futuro da TAP, porque a empresa precisa de “capital e flexibilidade laboral”.

O Governo aprovou no dia 13 de novembro o processo de privatização da TAP, através da alienação de ações representativas de até 66% do capital social da TAP SGPS, ficando o Estado com uma opção de venda de até 34% do capital remanescente, ao adquirente na venda direta de referência, caso faça uma apreciação positiva do cumprimento das obrigações pelo mesmo assumidas no âmbito da reprivatização.

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