Mundo Lusíada
Com Lusa
O líder nacional do PSD e primeiro-ministro pediu, na festa do PSD/Madeira, o apoio para ter a oportunidade de dar “uma nova alma para Portugal”. Pedro Passos Coelho disse ainda que os portugueses não devem esquecer que as dificuldades que o país teve de enfrentar são da responsabilidade “dos socialistas em muitos anos de governo em Portugal”.
“Julgamos ter feito o que devíamos ter feito e agora gostaríamos também de ter a oportunidade de mostrar que podemos por o nosso país a crescer ainda mais em tempos de normalidade e não nos tempos da crise”, disse Pedro Passos Coelho aos milhares de populares que se concentraram na XXXII festa popular do PSD/M nas serras sobranceiras do Funchal, em 26 de julho.
E o governante acrescentou: “Agora que pusemos a crise para trás, estou convencido que, com o vosso apoio conseguiremos dar também não só uma outra alma à Madeira, mas uma nova alma para Portugal”. O líder do PSD considerou que o país “ganhou o direito a ter um futuro melhor”.
Pedro Passos Coelho declarou ficar “entristecido” com a postura dos partidos da oposição que “cada vez que um resultado aparece em Portugal eles não gostam e dizem que é mentira” e que o Governo está a “falsear a realidade”.
“Que mal fez o nosso povo à oposição para que a oposição só goste quando as coisas só correm mal no país e fique desagrada quando as boas notícias começam a aparecer?”, argumentou.
Por isso, na opinião do também primeiro-ministro, “está bem na altura de, nas próximas eleições, o povo português dizer à oposição que ela é precisa em Portugal mas não para governar, porque quando governou foi o desgoverno para o nossos país e o que precisamos agora é de consolidar o bom governo que podemos fazer para o futuro”, sublinhou.
O governante sustentou também que “Portugal hoje pode sonhar mais e pode chegar mais longe”, realçando que “até a oposição se entusiasma com o futuro”, e apelando para um apoio “humildemente”.
Segundo o primeiro-ministro “os portugueses não comem TGvs, nem autoestradas, nem dívidas; têm de as pagar e suportar e, por isso, não esquecem esse tempo em que se preparou esta crise”, apontando que o caminho é a aposta na criação de condição para fomentar investimento em todas as regiões do país.
O líder nacional elogiou o trabalho desenvolvido pelo atual governo madeirense, liderado por Miguel Albuquerque, que tomou posse a 20 de Abril, considerando que “é uma amostra como a Madeira pode recuperar uma grande confiança e esperança no futuro”.
Passos Coelho disse neste dia 27 que os portugueses vão recuperar os seus rendimentos nos próximos quatro anos e que aquilo que o PS propõe é um regresso ao caminho que levou à ‘troika’. “Está nas nossas mãos evitar voltar a passar pelo mesmo. E voltar a passar pelo mesmo é aquilo que nos propõem nesta altura os dirigentes do Partido Socialista. […]Vamos recuperar os nossos rendimentos nos próximos quatro anos. Este ano, já não há cortes nenhuns nas pensões [inferiores a 4.600 euros]”, afirmou.
Candidatos
Nesta segunda-feira, o partido divulgou os candidatos da coligação Portugal à Frente para as legislativas de 4 de outubro. Entre os nomes há sete mulheres, quatro governantes e três independentes. A lista para a Europa é encabeçada Carlos Gonçalves e José Cesário é cabeça de lista para Fora da Europa.
Pedro Passos Coelho mantém-se como cabeça de lista, mas passa do círculo de Vila Real para Lisboa, onde há quatro anos o cabeça de lista do PSD foi o independente Fernando Nobre. Passos Coelho e Paulo Portas vão concorrer diretamente com António Costa, em Lisboa.
“Há uma renovação muito grande. Só sete dos cabeças de lista de 2011 é que se mantêm, e há quinze novos cabeças de lista, o que dá uma renovação de aproximadamente de 70%”, declarou o secretário-geral do PSD à agência Lusa. Segundo o jornal i nenhum dirigente do CDS está a encabeçar uma lista PSD/CDS. Confira a listagem divulgada pela RTP:
Açores: Berta Cabral (PSD); Félix Rodrigues (CDS-PP/PPM)
Aveiro: Luís Montenegro
Beja: Nilza Sena
Braga: Jorge Moreira da Silva
Bragança: Adão Silva
Castelo Branco: Manuel Frexes
Coimbra: Margarida Mano, independente
Europa: Carlos Gonçalves
Évora: António Costa da Silva
Faro: José Carlos Barros, independente
Fora da Europa: José Cesário
Guarda: Carlos Peixoto
Leiria: Teresa Morais
Lisboa: Pedro Passos Coelho
Madeira: Sara Madruga da Costa (PSD); José Manuel Rodrigues (CDS-PP)
Portalegre: Cristóvão Crespo
Porto: José Pedro Aguiar Branco
Santarém: Teresa Leal Coelho
Setúbal: Maria Luís Albuquerque
Viana do Castelo: Carlos Abreu Amorim, independente
Vila Real: Luís Ramos
Viseu: António Leitão Amaro