Diante de propostas para Portugal Telecom, governo diz que interessa o projeto

Mundo Lusíada
Com Lusa

OiPT_PortugalTelecomO secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, defendeu que o que interessa no processo de compra da PT Portugal é o projeto e não a origem do dinheiro.

Esta semana, o fundo Apax Partners, em conjunto com a Bain Capital, propôs à Oi a compra dos ativos da PT Portugal no valor de 7.075 milhões de euros, depois do grupo francês Altice ter lançado uma oferta de 7.025 milhões de euros.

“Para nós o que interessa é o projeto, não é mesmo a origem do dinheiro. 7.000 milhões de euros em Portugal é bem-vindo (…), não seremos muito esquisitos em criticar a origem do capital desde que o projeto seja bom”, afirmou Sérgio Monteiro.

A PT Portugal “está num setor que é determinante para a competitividade da economia, não nos é irrelevante o que aconteça. Se houver um acionista que chega e diz: o nosso plano é desmantelar a empresa ou não temos a capacidade de investir, está imediatamente a dizer que não vai promover a competitividade do setor através do investimento que faz naquela empresa”, acrescentou.

Depois, acrescentou que é preciso ver qual é o plano estratégico, recordando que até ao momento o que existe são “formulações vagas” e que o plano não tem de ser apresentado já. “São 7.000 milhões de euros que alguém investe em Portugal, [e se o faz] é porque acredita no país, no setor e no desenvolvimento da economia”, disse.

Também o ministro da Economia afirmou que o Governo pretende que a eventual venda da PT Portugal seja “um processo transparente e competitivo”, frisando que a independência do executivo “significa não demonstrar nenhum tipo de preferência”.

Na semana passada, a Terra Peregrin – Participações SGPS, da empresária angolana Isabel dos Santos, tinha anunciado uma oferta pública geral e voluntária de aquisição sobre a PT SGPS, oferecendo mais de 1,21 mil milhões de euros pela totalidade das ações da empresa portuguesa, ao preço de 1,35 euros por título. Mas a Oi considerou “inaceitáveis” as condições estipuladas.

CTT
Também os CTT esclareceram em 13 de novembro que vão acompanhar o processo de venda da PT Portugal “por forma a analisar todas as oportunidades que façam sentido”, mas garantem que “não tomaram qualquer decisão” sobre o assunto.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) solicitou à administração dos Correios de Portugal (CTT) esclarecimentos sobre a notícia avançada pela revista brasileira Veja sobre uma alegada oferta sobre a Portugal Telecom (PT).

Em comunicado, os CTT esclarecem que a empresa “e a PT Portugal têm um conjunto de parcerias de negócio, sendo que os CTT, no âmbito do desenvolvimento das suas alavancas de crescimento, têm discutido com potenciais parceiros da área de telecomunicações (incluindo a PT Portugal, dadas as sinergias entre as duas empresas) possibilidades de negócios em comum”.

Nesse sentido, “os CTT irão acompanhar o processo de venda da PT Portugal por forma a analisar todas as oportunidades que façam sentido no desenvolvimento das suas áreas de negócio, criadoras de valor para os seus acionistas, e com uma dimensão compatível”.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: