Recuperados quatro milhões de pensões lusas por trabalho no estrangeiro

Da Redação
Com Lusa

Milhares de trabalhadores portugueses conseguiram ver recuperadas as suas pensões pelo trabalho efetuado no estrangeiro, estando quase a atingir os quatro milhões de euros, afirmou hoje o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

José Luís Carneiro discursava na sessão de encerramento do Projeto Interpart, organizado pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical (CGTP-IN), em conjunto com as homólogas do Reino Unido (TUC) e da Polónia (OZZ), e que decorre hoje num hotel de Lisboa.

O governante português salientou que a verba “recuperada” é “parte do resultado” do trabalho gerado pelos 132 Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE), cujos serviços centrais têm sede no Porto e que supera, a dois meses de fim de 2017, os 3,5 milhões conseguidos em 2016.

“No ano que termina, significa a recuperação de quase quatro milhões de euros de aposentações que, sem esse apoio, dificilmente seriam recuperados junto de vários países parceiros da UE (União Europeia) que, por desconhecimentos dos trabalhadores, dificilmente poderiam beneficiar desse direito à sua devida, justa e completa pensão com o trabalho realizado no estrangeiro”, frisou, na intervenção.

Aos jornalistas, no final da sessão de abertura, José Luís Carneiro destacou a importância do reforço das pensões dos que regressaram a Portugal após uma vida de trabalho no estrangeiro.

“Instituímos 132 gabinetes de apoio ao emigrante com os municípios (…) e uma das áreas trabalho está vocacionada para o acompanhamento e apoio aos trabalhadores portugueses residentes no estrangeiro e, numa fase de fim da vida de trabalho, para a recuperação dos direitos sociais, como as pensões”, explicou.

“Em 2016, tínhamos andado na ordem dos 3,5 milhões de euros e este ano estamos a superar esse número, de acordo com os dados que têm sido possíveis apurar”, insistiu, indicando que a Suíça foi o país onde mais se conseguiu recuperar direitos sociais.

Para José Luís Carneiro, o importante agora é reforçar o apelo aos cidadãos portugueses que não estão inscritos nas embaixadas e consulados de Portugal no estrangeiro ou mesmo nos serviços de segurança social nos países de acolhimento que o façam, para que se possa melhorar a qualidade e rapidez de apoio.

“É muito importante que os portugueses que trabalham noutros países do mundo se inscrevam nos serviços consulares e que procurem utilizar a plataforma ‘Registo do Viajante’, para que se possa ajudar em caso de dificuldade”, apelou, lembrando que os GAE foram criados com esse fim.

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