PSD e CDS divulgam coligação pré-eleitoral para as próximas legislativas

Da Redação
Com agencias

Foto: PEDRO NUNES/LUSA
Foto: PEDRO NUNES/LUSA

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas assinaram na noite de 25 de abril um compromisso para uma coligação pré-eleitoral entre PSD e CDS-PP para as próximas legislativas, que se realizarão entre 14 de setembro e 14 de outubro. O compromisso prevê a elaboração de listas conjuntas com base nos resultados das últimas legislativas e que os dois partidos dialoguem para, após as legislativas, apoiarem um candidato presidencial.

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, declarou no Funchal, que a coligação PSD/CDS-PP tem “todas as condições” para vencer as eleições legislativas deste ano e realçou que a vai defender de “forma clara”.

A ministra, que é também vice-presidente do CDS-PP, salientou que a coligação se alicerça numa “base sólida de propostas viáveis”, que visam o “desagravamento progressivo dos impostos”, nomeadamente do IRS e do IRC.

“Creio que esta coligação PSD/CDS, mais independente, tem todas as condições para vir a vencer as eleições legislativas deste ano”, salientou. “É nosso dever para com as gerações futuras, para com os nossos filhos, que seja este governo, que é credível, a poder sustentar uma base eleitoral alargada aos independentes para que possamos ter uma governação ambiciosa, mas também muito credível e muito sólida”, vincou.

A governante destacou que o objetivo da coligação PSD/CDS-PP é o desagravamento fiscal para as famílias e as empresas por entender que é o momento de poder “devolver aquilo que, em momento muito difícil e por culpa do PS”, se retirou às pessoas.

Também o vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo considerou que a aliança terá o apoio da “esmagadora maioria” dos dirigentes centristas e criticou as propostas da oposição. “Só um PS assim, que defende o primado da política e desvaloriza a economia é que pode, mesmo pensando só nos votos, acreditar que convence de que é possível cortar impostos, aumentar salários, aumentar pensões, aumentar o investimento, reforçar o setor empresarial do estado e no final ter receita para pagar tudo e ainda a dívida”.

Crítica
O secretário-geral do PS, António Costa, considerou que a coligação anunciada entre o PSD e o CDS-PP é um “casamento” para “disfarçar as conveniências” e que demonstra que o Governo “nada de novo tem para dar”. “Tivemos ontem a melhor demonstração de que mesmo nada de novo o Governo tem para dar. Não tem novas políticas a propor e aquilo que ontem vieram fazer era mais do mesmo”, disse, durante um almoço-debate em Reguengos de Monsaraz.

Segundo António Costa, para terem “alguma coisa de novo”, o PSD e o CDS-PP escolheram o 25 de Abril para anunciar que vão concorrer coligados às próximas eleições legislativas, mas esse anúncio não passou de um “não acontecimento”.

“E a coisa tão extraordinária de falta de novidade na celebração da coligação é que quiseram escolher o dia 25 de Abril para ser a novidade do não acontecimento que é manter o casamento de quem já está casado e que remédio tem se não manter-se casado, para disfarçar as conveniências”, ironizou.

Perante os autarcas, militantes e simpatizantes que participaram no almoço, António Costa acusou o PSD e o CDS-PP de “terem estado juntos a afundar o país” e de, agora, quererem “estar juntos a continuar a política que têm seguido”.

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