Partidos defendem eleições em 27 de setembro ou 04 de outubro

Mundo Lusíada
Com Lusa

Foto/Arquivo: Novembro/2011
Foto/Arquivo: Novembro/2011

O Presidente português recebeu os partidos com assento parlamentar com vista à marcação da data das eleições legislativas, tendo o PSD, PS e CDS-PP sido unânimes na preferência do dia 27 de setembro.

Contudo, nenhum dos três partidos – PSD, PS, CDS-PP – rejeita a possibilidade do dia 04 de outubro. O BE também indicou o dia 27 de setembro e o 04 de outubro, como as datas mais “aconselháveis”, enquanto o PCP e o partido ecologista Os Verdes apontaram o mês de outubro como o mais indicado.

O partido ecologista Os Verdes foi o primeiro a ser recebido em Belém por Cavaco Silva e disse preferir que as próximas eleições legislativas decorram 04 ou 11 de outubro, segundo a deputada Heloísa Apolónia.

O BE indicou 27 de setembro ou 04 de outubro como as datas “aconselháveis” para a realização das eleições legislativas, sublinhando a necessidade de ocorrerem o mais cedo possível, mas também num “período de vida normal, ou seja, já com o ano letivo iniciado”, afirmou a porta-voz do BE, Catarina Martins.

O PCP prefere que as eleições se realizem em outubro, por ser o mês do arranque do ano letivo, já que em setembro, muitas pessoas ainda não terminaram as férias. Para o CDS, 27 setembro ou 04 outubro são as “datas preferenciais” para a realização do sufrágio, embora reconhecendo que seria preferível em setembro.

O PS indicou 27 de setembro como “a data preferencial” mas ressalvou que 04 de outubro também será “um dia aceitável”. O PSD, o último a ser recebido por Cavaco Silva, disse que desejaria que as eleições legislativas se realizassem a 27 de setembro, mas reconheceu que não se opõe à data de 04 de outubro.

De acordo com a Constituição da República, as eleições legislativas terão de se realizar entre os dias 14 de setembro de 14 de outubro. A 03 de maio, durante uma viagem de avião para a Noruega, o chefe de Estado recordou que a única ocasião em que as eleições legislativas se realizaram em setembro foi em 2009, para evitar a coincidência de datas com a realização das autárquicas.

Gastos claros
Neste dia 21, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, desafiou os partidos a divulgarem quanto pretendem gastar por setor, apresentando números para cada programa orçamental, para que se perceba o nível de impostos que essa despesa pública exige. Numa conferência em Lisboa, o também presidente do PSD considerou que ainda não se discutiu “com a devida profundidade em Portugal” as funções do Estado que os cidadãos estão dispostos a suportar com impostos.

“Teria muita utilidade, nomeadamente em anos eleitorais, como este, que, de um modo geral, os partidos pudessem ser claros quanto àquilo que são seus objetivos em matéria de política orçamental, porque é isso que determina o nível de fiscalidade. Quanto queremos gastar em saúde? Quanto é queremos gastar em educação? Quanto é que queremos gastar em segurança social?”, defendeu o chefe do executivo PSD/CDS-PP acrescentando que “o Governo fê-lo claramente no Programa de Estabilidade que apresentou à Assembleia da República e à Comissão Europeia”.

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