Governo diz que há mais e melhor emprego em Portugal

Da Redação
Com Lusa

logo_bandeira-PortugalO secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, afirmou em Coimbra que há “mais emprego, menos desemprego e melhor emprego” em Portugal do que em 2011. “Hoje, temos uma situação de mais emprego, melhor emprego e menos desemprego”, sublinhou o secretário de Estado, considerando que tal se deve não apenas a reformas e programas de estímulo promovidos pelo Governo, mas aos empresários portugueses.

Apesar desta constatação, Portugal registrou a maior queda da taxa de emprego entre os Estados-membros da União Europeia no quarto trimestre de 2014, ao recuar 1,4% face ao trimestre anterior, e a taxa de desemprego em fevereiro deste ano foi de 14,1%, havendo um aumento de 11,7 mil desempregados face a janeiro.

Para Octávio de Oliveira, o “grande mérito” de o país hoje ter saído “da situação em que se encontrava na primavera de 2011” é “dos empresários”, que mostraram saber “ousar e empreender”. Contudo, é necessário “intensificar o processo de crescimento e criação de postos de trabalho”, destacando que os empregos criados são “mais estáveis” e com relações laborais “mais duradouras”, disse.

O secretário de Estado falava durante a assinatura do acordo de cooperação “Vida Ativa”, na sede do Conselho Empresarial do Centro (CEC), com vista à implementação de cursos de formação.

Questionado sobre a notícia do aumento de 50% do número de qualificados a ganhar menos de 600 euros, Octávio de Oliveira desvalorizou esse dado, considerando que é uma questão “de procura e de oferta”. O protocolo assinado no CEC contou também com a presença do presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Jorge Gaspar Coimbra a importância da empregabilidade de curto prazo, considerando que “é aquela” que deve preocupar o país. “A empregabilidade de curto prazo é aquela que nos deve preocupar a todos”, sublinhou Jorge Gaspar.

Segundo o presidente do IEFP, “é importante, do ponto de vista estratégico”, haver cenários de longo e médio prazo, “mas não são menos importantes as concretizações de curto prazo”. Jorge Gaspar salientou ainda a importância do objetivo de 30% de empregabilidade no final das ações de formação profissional.

Sobre o protocolo de cooperação assinado, o presidente do IEFP destacou a necessidade de se ajustarem as expectativas das empresas e dos desempregados, sendo fundamental uma “lógica de empregabilidade” e de identificação de destinatários na formação profissional.

O programa “Vida Ativa” prevê formar 1.100 desempregados, com especial foco para desempregados de longa duração, em 44 ações de formação, com a duração de cinco meses, dois dos quais de formação em contexto de trabalho.

O CEC vai gerir os dois milhões de euros destinados às ações de formação profissional, que vão estar direcionadas para as necessidades das empresas da região.

O presidente do CEC, José Couto, afirmou na cerimônia que “ter 30% de empregabilidade não é fácil”, parabenizando o Governo por “acreditar nas associações empresariais”.

O dirigente referiu ainda que é necessário a região Centro ser mais competitiva e aumentar os níveis de produtividade. Para isso, deve-se “baixar os custos de trabalho, não baixando nos salários, mas nos custos incorporados nos produtos”, defendeu.

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