Este é um Governo orgulhosamente reformista, diz Passos Coelho

Mundo Lusíada

PassosCoelho_PrimeiroMinistroDurante o Fórum Empresarial do Algarve, em Loulé, Pedro Passos Coelho declarou que seu governo realizou reformas abrangentes e articuladas entre si, o que maximizou os seus efeitos positivos, e sempre feitas com diálogo social. “A abertura da economia e da sociedade é o ponto unificador de todas as reformas estruturais que foram realizadas nos últimos três anos”, afirmou o Primeiro-Ministro.

Segundo Passos Coelho, “nunca antes tivemos tantas mudanças com um propósito reformista como durante o presente período governativo. Este é um Governo resolutamente reformista e orgulhosamente reformista. Levamos as reformas à economia, à sociedade, às instituições – e ao Estado também. Muita coisa foi feita em muito pouco tempo. Adiamos durante vinte anos as mudanças que eram necessárias; e não podíamos adiá-las mais”.

Para ele, o “ritmo reformista” foi acelerado, mas articulado com as necessidades do País. “O ponto fundamental é que agora não é o momento para travar este processo de mudança. Pelo contrário, é preciso renová-lo. Há ainda muita coisa para fazer para ir à raiz de todos os nossos problemas estruturais”.

Entre outras grandes reformas que ainda é necessário fazer, Passos Coelho apresentou, por exemplo, ampliar a reforma da relação do Estado com os cidadãos, com as empresas e com as instituições privadas. “Precisamos de levar mais longe a desburocratização e o aligeiramento dos procedimentos administrativos. (…) Sabemos que o Estado ainda se intromete excessivamente, ainda trava desnecessariamente, ainda desconfia injustificadamente”.

Ainda, defendeu associar a coesão social com a coesão territorial. “O território tem de ser posto no centro das atividades globais e da coordenação das políticas públicas com as iniciativas privadas”.

O desafio demográfico “solicita uma resposta política multifacetada de apoio aos casais com filhos, de apoio aos casais que querem ter filhos e de conciliação das carreiras profissionais dos pais com as responsabilidades de educação dos seus filhos”, disse defendendo que as políticas públicas visam sobretudo remover os obstáculos dos projetos de vida dos Portugueses, pois “não cabe certamente ao Estado intrometer-se nos planos familiares dos Portugueses”.

No âmbito europeu, citou a linha de frente para conclusão da União Bancária, e de um verdadeiro Mercado Único de Energia, a par de investimentos em infraestruturas, como as interconexões ibéricas e a expansão a prazo dos terminais de recepção de fontes de energia provenientes do espaço atlântico, duas reformas que trarão proveitos para Portugal por muitos anos, declarou.

O Primeiro-Ministro explicou ainda que as reformas se destinaram a criar uma economia baseada na “concorrência, e não nos favores do poder político, em que o sistema de ensino é um motor de oportunidades reais e universais para que todos, sem exceção, adquiram as competências exigidas por uma economia moderna; baseada na inovação e na investigação aberta às solicitações das empresas e da internacionalização”.

“Fizemos uma aposta política decisiva na reindustrialização do País, mas não num sector industrial em particular desenhado a partir dos gabinetes governamentais”, defendeu. “É uma ilusão supor que uma equipe de técnicos ou de políticos pode substituir as ideias, as iniciativas e a criatividade dos Portugueses, empresários e trabalhadores, que estão no terreno a preparar o futuro”.

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