Demissão de governo grego mostra “instabilidade” das posições de PS, BE e PCP

Mundo Lusíada
Com agencias

Milhares marcham em Lisboa em frente ao Parlamento. MIGUEL A. LOPES/LUSAO líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, defendeu que a demissão do primeiro-ministro grego demonstra que as posições secundadas por PS, PCP e BE geram não só instabilidade financeira e social mas também política.

“Aqueles que defendem posições políticas no seio da Europa semelhantes às adotadas pela Grécia, que andaram a alimentar expectativas de mudança após eleições de janeiro último, hoje está clarinho para todos que essa posição – secundada pelo PS, BE e PCP -, é geradora de instabilidade social, instabilidade financeira e também de instabilidade política”, declarou Luís Montenegro à Lusa.

O líder da bancada social-democrata e cabeça de lista em Aveiro da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) começou por afirmar respeitar “o exercício da soberania política e da democracia na Grécia na sua plenitude”.

“A Grécia vai para as quartas eleições desde que teve o problema financeiro que conduziu ao pedido de ajuda externa. A comparação com Portugal é muito evidente e os portugueses creio que nos acompanham. A estabilidade política é uma condição que releva muito para a prossecução da estabilidade economia, financeira e social”, sustentou.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou na quinta-feira a sua demissão e apelou à convocação de eleições antecipadas na Grécia, numa declaração ao país através da televisão pública grega. O presidente do partido conservador grego Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, recebeu mandato para formar Governo do Presidente da República, Prokopis Pavlópulos.

Em uma nova sondagem, o PSD abriu 6 pontos pela primeira vez, este ano, com maior intenção de voto na atual coligação. Depois das últimas pesquisas apresentarem empate técnico ou ligeira vantagem ao PS, PSD aparece nesta pesquisa com seis pontos a mais do que os socialistas.

Programa Eleitoral
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, teceu fortes críticas ao PS, um dia depois da apresentação dos cálculos finais do programa eleitoral socialista, que apontavam uma estimativa de criação de até 207 mil empregos ao longo da legislatura. “O PS parece ter voltado à ideia de que são os Governos que criam os empregos e que são os cartazes que prometem empregos, e os portugueses sabem muito bem o que aconteceu há uns anos atrás quando alguém prometeu 150 mil postos de trabalho que depois não existiram”, afirmou Paulo Portas numa alusão às promessas feitas pelo ex-primeiro-ministro, José Sócrates.

“O nosso cenário macroeconômico foi entregue em Bruxelas e é firme e é seguro. O PS em três meses já apresentou três revisões do seu cenário macroeconômico. Eu acho que isso não é a melhor forma de gerar confiança nem segurança nas pessoas, mas a cada qual, naturalmente, a sua atitude”, disse Portas.

Já o PS desafiou a coligação a apresentar as contas do seu programa eleitoral. A vice-presidente da bancada socialista Ana Catarina Mendes explicou que os socialistas se limitaram a cumprir mais uma fase do processo a que se tinham comprometido e, depois da elaboração do cenário macroeconômico em abril e da apresentação do programa eleitoral, divulgaram agora os impactos econômicos de todas as medidas do programa. “Foi a única força partidária que o fez claramente”, sublinhou, desafiando os adversários a apresentarem as suas contas.

Ana Catarina Mendes disse ainda que “os portugueses não aguentam mais campanhas de mentira como a das legislativas de 2011, com mentiras do PSD e CDS, não aceitam que o Governo se comprometa em Bruxelas com um corte de 600 milhões das pensões e depois esconda o seu programa eleitoral apresentado ao país” e acusou a direita de ter “duas caras”, uma em Bruxelas e outra em Lisboa.

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