Antonio Guterres vai liderar a ONU e presidente Marcelo já o felicitou

Mundo Lusíada
Com agencias

AntonioGuterres_RefugiadosONUO Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, já telefonou a António Guterres para o felicitar pela indicação para secretário-geral das Nações Unidas, realçando que foi aprovado o melhor candidato.

O Conselho de Segurança anunciou que o português é o “vencedor claro” em mais uma votação, recebendo 13 votos de encorajamento (em 15 votos), sem qualquer veto. Este órgão, com poder de veto, deverá aprovar na quinta-feira uma resolução a indicar o nome de António Guterres para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, formalizando assim a eleição do sucessor de Ban Ki-moon.

“Aqui é o melhor a ser escolhido. E isso é muito bom para o mundo, para as Nações Unidas e para Portugal”, vincou o presidente português, à saída de uma visita a uma associação social em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava minutos depois de se saber que o antigo primeiro-ministro português António Guterres foi indicado como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho de Segurança à Assembleia-geral, que deverá aprovar o seu nome dentro de alguns dias.

“A votação mostrou que no momento decisivo ninguém estava contra”, Guterres, frisou o Presidente, acrescentando que houve o reconhecimento do mérito do candidato e da “posição de Portugal no mundo”, de diálogo e de “fazer pontes”.

“É evidente que é bom para Portugal quando há um português que ganha o Prêmio Nobel da Literatura. É bom para Portugal quando temos grandes pintoras e escritores conhecidos por todo o mundo, quando temos grandes artistas prestigiados no mundo e quando temos o SG das Nações Unidas”, vincou ainda Marcelo Rebelo de Sousa.

Definindo Guterres como um candidato “excepcional”, o chefe de Estado diz não querer ser “patrioteiro, apenas patriota”, e nesse aspecto realçou que “tudo aquilo que prestigia Portugal lá fora é importante para Portugal”.

Guterres vai liderar, a partir de janeiro, uma casa que conhece bem, depois de ter chefiado o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre junho de 2005 e dezembro de 2015, uma organização com cerca de 10.000 funcionários em 125 países.

António Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto, 29 de agosto, 09 de setembro e 26 de setembro. Na quinta terá uma última votação formal e o órgão espera que a votação possa ser feita por aclamação. O novo secretário-geral da organização entra em funções a 01 de janeiro de 2017.

“Pessoa certa no lugar certo”
Também o primeiro-ministro, António Costa, disse que “tudo indica que a pessoa certa” vai estar “no lugar certo”. “Como português, [reajo] com um enorme orgulho, e como cidadão do mundo, com uma enorme satisfação, porque tudo indica que vamos ter a pessoa certa no lugar certo”.

Na ótica de António Costa, esta revelação demonstra “um grande trabalho da nossa diplomacia, [?] dos nossos embaixadores junto das Nações Unidas, de todos os nossos diplomatas e um grande esforço que todos têm feito”.

“Quero agradecer a todo o país, a todos os órgãos de soberania e a todos os partidos políticos, quer os que apoiam o Governo, quer os da oposição, […] que se empenharam para que este resultado fosse possível”, assinalou.

Confrontado sobre um possível impacto nestes resultados da candidatura da búlgara Kristalina Georgieva, na semana passada, o primeiro-ministro desvalorizou-o, vincando que “as Nações Unidas se prestigiaram muito, fazendo respeitar o valor da transparência e da credibilidade dos processos”, ao aprovar o nome de António Guterres.

A principal adversária de António Guterres ao cargo de secretário-geral da ONU, a búlgara já felicitou o antigo primeiro-ministro português. “Parabéns a António Guterres – o futuro secretário-geral! Boa sorte em continuar uma agenda ambiciosa para a ONU”, escreveu Kristalina Georgieva no ‘Twitter’.

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