Quebra na produção do azeite português deverá ser compensando com aumento nas exportações

Da Redação

Produtos da região. Foto: Marca Extremadura
Foto: Marca Extremadura

O governo português confirmou que a quebra na produção de azeite, causada pelo mau ano agrícola, deverá ser compensada pelo aumento do preço nas exportações.

“O nosso azeite é vendido quase ao dobro daquilo que é o preço de compra do azeite para o mercado português”, afirmou a Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, durante uma visita a um dos lagares da Sovena, em Ferreira do Alentejo.

Devido ao mau ano causado por “circunstâncias do clima que, depois, trouxeram outros problemas associados”, nomeadamente uma praga de mosca da azeitona e a doença da gafa, estima-se que a quebra da produção de azeite ronde 20 ou 25%, embora os números concretos estejam ainda estão a ser recolhidos.

“Temos um azeite de primeiríssima qualidade e, quando comparamos o preço do azeite que exportamos e o preço do que importamos, verificamos que o nosso azeite tem um preço muito superior”, referiu a Ministra, acrescentando que o preço pago ao produtor vem subindo “significativamente”, com aumentos de 40 a 50%.

A quebra pontual da produção não põe em causa a tendência para Portugal continuar a crescer neste setor, uma vez que a atual quebra deve-se apenas a circunstâncias “a que os agricultores estão habituados” e para as quais “estão preparados porque sabem que têm uma empresa a céu aberto”, que depende do clima.

Assunção Cristas recordou que já há alguns anos que Portugal atingiu a autossuficiência em valor no setor do azeite, e referiu os mais recentes dados estatísticos da balança comercial de Portugal, que mostram que, entre janeiro e novembro do ano passado, o déficit agroalimentar do País diminuiu “em cerca de 609 milhões de euros”, com o setor do azeite a contribuir “na casa dos 100 milhões de euros”.

Assunção Cristas durante a visita teve oportunidade de conversar com alunos de uma escola do ensino básico de Ferreira do Alentejo e sensibilizou-os para os benefícios da dieta mediterrânica e de uma alimentação saudável, assistindo ainda a uma aula prática de culinária com o chefe Vítor Sobral.

Em Portugal, o grupo Sovena conta com mais de 10 milhões de oliveiras, espalhadas por mais de 10 mil hectares, distribuídos por 57 herdades e quintas.

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