Portuguesa ganha tempo após leilão terminar sem lances

Mundo Lusíada

Estádio do Canindé. Foto Arquivo: José Cunha
Estádio do Canindé. Foto Arquivo: José Cunha

A Associação Portuguesa de Desportos, que vive a pior fase de sua história, estava apreensiva com um leilão marcado para este mês que poderia tomar uma parte do seu patrimônio.

Mas o clube acabou por ganhar um pouco mais de tempo, pois não apareceram interessados para o leilão, que tinha lance mínimo de R$ 74,1 milhões, 60% do valor da avaliação. O leilão é resultante de diversas dívidas incluindo de ex-jogadores que somam mais de 50 milhões de reais.

O clube poderia perder parte do patrimônio, enquanto tentava impugnar o leilão e buscar investidores que queiram adquirir a área que pertence à Lusa, saldar a dívida do clube e evitar uma tragédia maior.

A parte que iria para leilão é de cerca de 42 mil m², enquanto uma outra área, de cerca de 55 mil m² é pertencente à Prefeitura de São Paulo e está em uso por parte da Portuguesa em comodato.

O leilão do Estádio do Canindé, que completou 60 anos de existência (apesar do time ter sido fundado em 1920), é só mais um dos problemas enfrentados pela Portuguesa nos últimos tempos, incluindo o rebaixamento para a Série D. O clube está até sem presidente, que também renunciou ao cargo. Atualmente, a Portuguesa está sendo comandada por Leandro Teixeira Duarte, presidente em exercício.

Diante da notícia que a Portuguesa perderia parte do patrimônio, uma petição foi lançada na internet pedindo ao Condephaat, Secretaria da Cultura, e Governo do Estado de São Paulo, que aprove o tombamento histórico do Estádio da Lusa.

“A tradicional namoradinha do Brasil, a Associação Portuguesa de Desportos (Lusa), desde 14 de agosto de 1920 faz parte do esporte e cultura de nossa Cidade e Estado, e tem o Canindé como palco de suas apresentações e recepção dos seus admiradores desde 11 de novembro de 1956. Atualmente esse espaço de muita história esta ameaçado. Entendo que preservar o Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte é preservar a memória. A Portuguesa é a representação viva de nossos descobridores, carrega suas cores e tradições, um pedacinho de Portugal em São Paulo” defende a petição que já reuniu mais de 3 mil assinaturas.

Na altura, O Condephaat confirmou ao Mundo Lusíada que abriu um dossiê preliminar e está no aguardo de diversos documentos, para posteriormente abrir o estudo de viabilidade de tombamento do Canindé, nesta primeira reunião.

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