Portugal encerra Jogos com um bronze e Costa diz que medalha de Telma “merecia companhia”

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Mundo Lusíada
Com Lusa

O primeiro-ministro português felicitou os atletas portugueses aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro numa mensagem enviada à vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal Rosa Mota em que considera que a medalha de Telma Monteiro “merecia companhia.

“A medalha da Telma merecia companhia. Mas todos subiram ao pódio de Portugal. Uma homenagem merecida que não pode ser encoberta na contabilidade das medalhas”, refere António Costa, numa mensagem enviada a Rosa Mota.

António Costa saúda também toda a representação olímpica: “muitos parabéns à representação olímpica. Pela sua dimensão, variedade de modalidades representadas e os resultados coletivamente alcançados, esta foi uma representação de todo o país e não só o fruto do gênio de uma ou de um atleta”.

Portugal terminou a sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio2016 com uma única de medalha, o bronze de Telma Monteiro no judo, 19 atletas no ‘top 10’ e um recorde de 10 desportistas entre os seis melhores.

A canoagem voltou a apresentar o melhor conjunto de resultados, com um quarto lugar (K2 1.000), um quinto (K1 1.000) e um sexto (K4 1.000), contra os três sextos do atletismo, dois no triplo salto (Nelson Évora e Patrícia Mamona) e um nos 20 km marcha (Ana Cabecinha).

O Brasil ficou em 13º no quadro de medalhas total com 10 ouros, seis pratas e seis de bronze. Os outros países africanos de língua portuguesa não conseguiram medalhas.

Resultados ‘curtos’
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, assumiu total responsabilidade pelos resultados obtidos nos Jogos Olímpicos Rio2016, considerando que ficaram aquém dos objetivos, e disse ter uma decisão tomada sobre o futuro.

“Creio que neste momento aquilo que é importante é avaliarmos os resultados alcançados e os resultados alcançados ficaram aquém das nossas expetativas”, disse à agência Lusa o líder do COP, um dia após o encerramento dos Jogos.

Manifestando-se dividido, por um lado “feliz, satisfeito, pelo empenho, pelo esforço, pela dedicação, pela forma como a missão viveu nestes Jogos”, José Manuel Constantino diz, por outro lado, ter a obrigação, perante o país, de reconhecer que os objetivos não foram atingidos.

“O presidente do COP assumiu um compromisso quando celebrou com o Governo um programa de apoio à preparação olímpica. (…) Não há outro responsável. O primeiro responsável pelo fato de os objetivos não terem sido atingidos sou eu. (…) Não tenho de me queixar do Governo, nem deste nem do anterior. (…) Se tenho de me queixar, é de não ter sido suficientemente capaz de mobilizar todos aquele que envolvem a participação numa missão olímpica, para que os resultados pudessem corresponder áquilo que tínhamos estimado”, afirmou.

Eleito em março de 2013 para suceder a Vicente Moura, José Manuel Constantino disse ter já uma decisão tomada sobre o futuro, mas escusou-se a dizer se vai continuar no cargo no ciclo olímpico que termina com os Jogos de 2020, Tóquio. “Acho que tenho a obrigação de lealdade e de respeito de ser a Comissão Executiva a primeira entidade a que devo dar conta quer da avaliação, quer do balanço, quer da minha decisão relativamente ao futuro. Tenho uma decisão tomada sobre o futuro”, assumiu.

O presidente do COP não desvaloriza a qualidade de alguns dos resultados obtidos no Rio de Janeiro, que considera extraordinários, mas insiste que as metas não foram alcançadas: “Nós tínhamos definido duas posições correspondentes aos três primeiros lugares [medalhas], conseguimos uma. Tínhamos definido 12 posições correspondentes aos lugares compreendidos entre o quarto e o oitavo, conseguimos 10. E tínhamos previsto entre o nono e o 12.º cerca de 12 posições e conseguimos 15. Portanto, dos três objetivos, apenas um foi cumprido”, detalhou.

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