De acordo com a FIFA, os candidatos são Ali Bin Al Hussein, Musa Bility, Jerome Champagne, Gianni Infantino, Michel Platini, Salman bin Ebrahim Al Khalifa e Tokyo Sexwale.

Os sete concorrem à sucessão do suíço Joseph Blatter, que preside ao organismo desde 1998 e se encontra suspenso por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA por alegado envolvimento no escândalo de corrupção que abala o organismo desde maio.

O príncipe jordano Ali bin Al Hussein, um antigo-vice presidente da FIFA que se apresentou a votos no último ato eleitoral, mas acabou por abandonar a corrida depois de perder na primeira volta para Blatter, volta a candidatar-se.

Na corrida à sucessão de Blatter estão também o presidente da UEFA, o francês Michel Platini, igualmente suspenso provisoriamente pela FIFA por 90 dias, e o secretário-geral da UEFA, o suíço Gianni Infantino, que conta com o apoio oficial do organismo que gere o futebol europeu.

Entre os candidatos figuram também o francês Jérôme Champagne, que trabalhou na FIFA entre 1999 e 2010, o xeque Salman bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), o sul-africano Tokyo Sexwale, membro do comité antirracismo da FIFA, e o presidente da Federação Liberiana de Futebol (LFA), Musa Bility.

As eleições na FIFA foram precipitadas pela demissão de Joseph Blatter, poucos dias depois de ter sido reeleito para um quinto mandato à frente da FIFA.

Na formalização dos candidatos, a FIFA não inclui o ex-futebolista e capitão da seleção de Trindade e Tobago, David Nakhid, que na última semana tinha anunciado a sua candidatura.

Apoio de Figo

O antigo futebolista português Luís Figo, que chegou a estar na corrida para a presidência da FIFA em maio, acabando por retirar a candidatura, revelou apoiar Gianni Infantino no próximo ato eleitoral do organismo.

“Gianni Infantino conhece o futebol por dentro e a sua experiência, competência, trabalho duro e honesto fazem dele o melhor candidato à presidência da FIFA”, justificou o português na sua página oficial no do Facebook.

O ex-internacional luso revela conhecer Gianni Infantino há alguns anos e que tiveram a oportunidade de falar, quando foi candidato à FIFA. “Partilhamos a mesma visão e temos alguns projetos e ideias em comum”, acrescentou Figo, dizendo que o secretário-geral da UEFA “representa uma nova geração de dirigentes” que querem mudar a FIFA e torná-la numa organização que coloque o futebol acima de tudo o resto.

O ex-médio refere ainda que Infantino tem a capacidade de lidar com grandes desafios, mas também a de se preocupar com as federações mais pequenas. “Apoio-o totalmente nesta candidatura e peço a todos os que vão votar a 26 de fevereiro para apoiarem Gianni Infantino. Ele não deixará ficar mal o futebol”, concluiu o português.

Figo, crítico de Joseph Blatter, chegou a ser candidato às eleições de maio deste ano, mas a uma semana do ato eleitoral abandonou a corrida, falando em situações que deveriam envergonhar o futebol mundial.

“O que vai acontecer dia 29 de maio em Zurique não é um ato eleitoral normal. E não sendo, não contam comigo”, disse então o antigo jogador, dizendo que se tratava de “um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem [Joseph Blatter]”.

A desistência de Figo aconteceu pouco dias antes da justiça suíça e norte-americana proceder à detenção, em Zurique, por ocasião do congresso eleitoral, de vários dirigentes da FIFA.