Aveiro conquista o 3º lugar no Campeonato Mundial de Futebol Robótico no Brasil

Da Redação

FutebolRobotico_UnivAveiroA equipe portuguesa “CAMBADA” alcançou o 3º lugar no Robocup 2014, o Campeonato do Mundo de Futebol Robótico, que terminou em 25 de julho na cidade brasileira de João Pessoa, Paraíba. Após terem alcançado as meias-finais, os robôs futebolistas da Universidade de Aveiro (UA) foram derrotados por 2-1 frente à TechUnited da Holanda, equipe que acabou com o título mundial ganhando a final frente aos chineses da Water Team por 3-2.

No jogo de terceiros e quartos lugares, a seleção lusa derrotou a MRL (Irã) por 4-0. A CAMBADA repete assim a presença no pódio alcançada das últimas seis edições do Campeonato do Mundo.
Na edição deste ano, os futebolistas da UA, além do bronze, levam também para Portugal o primeiro lugar nos desafios científicos e a segunda posição no desafio técnico.

“Após um jogo muito intenso e bem jogado por ambas as equipas, perdemos a meia-final por 2-1. Tivemos algum azar num gol sofrido mas o jogo é assim”, aponta António Neves, um dos investigadores do Departamento de Eletrônica, Telecomunicações e Informática (DETI) e do Instituto de Engenharia Eletrônica e Telemática de Aveiro da UA responsáveis por uma equipe que começou em 2003 a dar os primeiros pontapés na bola.

À partida para o Brasil e rumo ao RoboCup, o maior evento de robótica a nível mundial e que nesta edição reuniu 400 times de 45 países repartidas por 17 categorias em jogo, a CAMBADA – anacrónimo de Cooperative Autonomous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture – assumia-se como candidata ao título mundial na categoria dos Rôbos Médios. A equipe foi campeã do mundo em 2008, e teve o segundo e o terceiro lugar nas edições dos cinco anos seguintes do Robocup e o hexacampeonato nacional.

“Desde a conquista do título mundial, em 2008, a equipe continuou o seu normal e acelerado desenvolvimento pois esta é uma área onde há uma significativa evolução de ano para ano”, lembrou António Neves. Além de outros prêmios científicos e de desafios técnicos que chega quase às duas dezenas.

O terceiro lugar da Robocup 2014 é, por isso, um resultado que acaba por confirmar a forte aposta que a UA tem feito para acompanhar a permanente evolução mundial de vários ramos da atividade robótica como são o caso da robótica autônoma, da móvel e cooperativa, da robótica de serviços e interação humano-robô e a da condução autônoma e apoio e segurança na condução.

“Em qualquer uma destas frentes a atividade desenvolvida situa-se ao nível do que melhor se faz em muitos dos laboratórios de referência a nível internacional, com o handicap de estarmos mais limitados na capacidade de obtenção de financiamento competitivo de grande dimensão, nomeadamente no que concerne ao financiamento no contexto nacional”, sublinhava António Neves.

Na modalidade da CAMBADA, a dos Rôbos Médios, as máquinas não podem pesar mais de 40 quilos e a base não deverá ultrapassar os 40 centímetros por 80 de altura. Os jogadores não possuem pernas – os que as têm disputam a categoria dos humanoides –, deslocam-se pelo campo através de pequenas rodas e para o gol fazem passes milimétricos.

Organizado pela Sociedade Brasileira de Computação, pela Federação Mundial de Robótica em parceria com o Ministério do Esporte e dezenas de universidades do País, o evento promove pesquisas nas áreas de robótica e inteligência artificial.

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