Visita oficial: Paulo Portas diz que relação entre Portugal e Angola “é insubstituível”

Mundo Lusíada
Com Lusa

Foto: Arquivo Julho/2011
Foto: Arquivo Lusa

O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, afirmou em Luanda, que a relação entre Portugal e Angola “é insubstituível” e que os dois países têm conseguido ultrapassar as dificuldades. O governante português falava aos jornalistas à chegada ao aeroporto internacional da capital angolana, em 23 de julho, onde participa no dia de Portugal na Feira Internacional de Luanda (Filda).

“Como sabem, Portugal e Angola têm uma relação que é insubstituível e nós sempre ultrapassamos as questões que existem entre os dois países para conseguir um patamar da relação ainda mais positivo”, disse Paulo Portas.

Angola foi o quarto maior mercado de exportação de Portugal em 2014, com vendas de 3.175 milhões de euros, um crescimento de 2% face ao ano anterior.

Mais 9.400 empresas portuguesas venderam para Angola em 2014, mas a crise econômica decorrente da quebra das receitas fiscais angolanas com o petróleo fez entretanto reduzir as exportações portuguesas para este país em mais de 20%, entre janeiro e maio deste ano.

“Toda a gente sabe que este ano não tem sido fácil, do ponto de vista da contração de indicadores internacionais que afetam economias como a de Angola, mas nós temos absoluta confiança que com as medidas que já vão sendo tomadas isso é uma situação transitória”, defendeu o vice-primeiro-ministro português.

A feira decorre até domingo, reunindo 800 expositores, de 40 países, dos quais 67 no pavilhão exclusivamente dedicado a Portugal, a maior representação nacional no evento, tal como em edições anteriores.

No âmbito da visita a Luanda, o governante português foi ainda recebido em audiência pelo vice-Presidente angolano, Manuel Vicente.

Resolver problemas
Paulo Portas afirmou ainda que está em Luanda para “resolver” problemas e não para “os aumentar”, ao ser questionado sobre o diferendo entre as estatais Sociedade Portuguesa de Empreendimentos (SPE) e a diamantífera angolana Endiama.

“As diferenças devem resolver-se através das formas institucionais que estão previstas para resolver diferenças. Nós abordamos vários temas relativos a pagamentos e a transferências, temos uma atitude prática, as coisas devem resolver-se e não agravar-se. Eu não entraria em detalhes porque acho que isso é a melhor maneira de ajudar para que as coisas se resolvam para melhor”, disse Portas, após encontro com Manuel Vicente.

“Conversamos sobre assuntos práticos, quer o vice-presidente da República, Manuel Vicente, quer eu próprio somos pessoas pragmáticas. E quando há problemas nós, em vez de os aumentar, procuramos resolver. Abordamos temas práticos e instrumentos diversificados na área dos pagamentos ou das transferências. Não entrarei, naturalmente, em detalhes, pela simples razão que a reserva é boa conselheira e é boa ajuda para que as coisas possam melhorar e possam resolver-se”, disse Paulo Portas.

Em seu discurso na feira em Luanda, Portas falou da importância da diplomacia econômica no atual contexto internacional. “É bom que toda a gente perceba que o lugar que Portugal não ocupar em Angola será ocupado por outros. E nós não estamos aqui para, de bandeja, dar a outros o lugar que nós sabemos ocupar”, enfatizou Portas, reiterando a necessidade de os investidores angolanos também manterem os interesses portugueses.

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