Taxa de desemprego baixa para os 8,8% no 2º trimestre em Portugal

Da Redação
Com Lusa

A taxa de desemprego baixou 1,3 pontos percentuais para os 8,8% no segundo trimestre de 2017, face ao anterior, e recuou 2,0 pontos percentuais face ao trimestre homólogo de 2016, divulgou hoje o INE.

De acordo com as estatísticas do emprego divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada, estimada em 461,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 11,9% (menos 62,5 mil pessoas), “prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o segundo trimestre de 2016”.

“Se compararmos com o mesmo trimestre do ano passado, estamos a falar em perto de 160 mil novos postos de trabalho, o que quer dizer que não apenas está a reduzir a taxa de desemprego e o número de desempregados, mas está a crescer o emprego”, disse o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva.

Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 17,5% (menos 97,9 mil). Nestas estimativas trimestrais foi considerada a população com 15 e mais anos e os valores não são ajustados à sazonalidade.

Segundo o INE, a taxa de desemprego dos homens (8,4%) foi inferior à das mulheres (9,3%) em 0,9 pontos percentuais, tendo a primeira diminuído mais em relação ao trimestre anterior do que a segunda (1,4 e 1,2 pontos percentuais, respetivamente).

A taxa de desemprego dos jovens (dos 15 aos 24 anos) foi de 22,7%, menos 2,4 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 4,2 pontos percentuais do que no trimestre homólogo de 2016.

No segundo trimestre, o INE estima que 10,8% do total de jovens entre os 15 e os 34 anos não estavam empregados, nem a estudar ou em formação, o que representa uma diminuição de 1,0 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de 1,9 pontos percentuais face ao homólogo.

Já a proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi de 59,2%, mais 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 4,9 pontos percentuais do que no trimestre homólogo de 2016.

No segundo trimestre de 2017, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em quatro regiões do país: Região Autónoma da Madeira (11,0%), Região Autónoma dos Açores (10,0%), Norte (9,5%) e Área Metropolitana de Lisboa (9,4%).

As taxas de desemprego do Alentejo (8,7%), do Algarve (7,6%) e do Centro (7,0%) situaram-se abaixo da média nacional.

Em relação ao trimestre anterior, à semelhança do sucedido globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões (exceto na Região Autónoma dos Açores, onde aumentou 0,7 pontos percentuais): Algarve (3,0 pontos percentuais), Região Autónoma da Madeira (1,5 pontos percentuais), Área Metropolitana de Lisboa (1,4 pontos percentuais), Norte (1,4 pontos percentuais), Centro (1,1 pontos percentuais) e Alentejo (0,3 pontos percentuais).

Face ao trimestre homólogo, à semelhança do sucedido globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com os dois maiores decréscimos a ocorrerem no Alentejo (4,0 pontos percentuais) e na Área Metropolitana de Lisboa (2,2 pontos percentuais).

A população empregada, estimada em 4,760 milhões de pessoas, registou um acréscimo trimestral de 2,2% (mais 102,3 mil). Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se um aumento de 3,4% (mais 157,9 mil), “o maior desde o quarto trimestre de 2013”, sinaliza o INE.

“Há muito trabalho de recuperação a fazer, da nossa economia, da nossa sociedade, do emprego, mas este é um sinal muito forte de que a economia está com um ritmo muito positivo e espero que, já nos próximos dias, venhamos também a ver esta confirmação do lado do crescimento econômico”, concluiu o ministro.

Exportações e importações crescem no 1º semestre

As exportações aumentaram 12,1% no primeiro semestre deste ano e as importações cresceram 14,5%, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo INE. De janeiro a junho, “verificaram-se aumentos de 12,1% nas exportações e 14,5% nas importações (menos 1,4% em ambos os fluxos no 1.º semestre de 2016)”, segundo o INE.

Apenas no mês de junho, as exportações subiram 6,8% e as importações aumentaram 7,1%, levando a um crescimento de 80 milhões de euros no défice da balança comercial de bens, para 1.004 milhões de euros.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 7,4% em junho e as importações cresceram 7,7% (crescimentos de 14,2% e 18,7% em maio). Já no segundo trimestre deste ano, as exportações e as importações de bens aumentaram, respetivamente, 7,5% e 13,3% face ao período homólogo.

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