Sem reforma da Previdência, Brasil terá que fazer como Portugal, diz presidente da Câmara

Mundo Lusíada
Com agencias

Sindicatos_Greve_BrasiliaO presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a destacar a importância da aprovação da reforma da Previdência, em pronunciamento no dia 08 de março.

Segundo ele, a proposta do governo não é dura e não corta direitos, apenas garante o pagamento dos salários, das aposentadorias e das pensões dos trabalhadores no futuro.

Como exemplo dos riscos, Maia citou o caso de Portugal, que, ao fazer uma reforma da Previdência em momento de crise econômica, cortou salários e aposentadorias de servidores e aumentou impostos para o sistema privado.

Para o presidente da Câmara, a reforma vai organizar o sistema previdenciário. “Temos um caminho que é reformar agora sem cortar salário e aposentadoria de ninguém. A proposta do governo não corta salário, nem corta aposentadoria, nem aumenta impostos para sociedade que vive no setor privado”, disse.

“Temos duas alternativas: ou fazemos uma reforma que não é dura, uma reforma que vá organizar o sistema previdenciário para o futuro, ou chegaremos a um determinado momento, se a reforma não for feita, em que teremos que fazer o que Portugal fez” afirmou, ressaltando a necessidade de recuperação da economia.

Divergências

Rodrigo Maia informou ainda que está buscando com os líderes um consenso para os cargos de presidência das comissões permanentes. Ele marcou a reunião para definir os partidos que ocuparão os colegiados para próxima terça-feira (14) e a eleição dos presidentes para quarta-feira (15).

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, de acordo com os líderes, deverá ter a eleição marcada para a semana seguinte, mas também não há acordo sobre nomes. Um dos nomes cotados para a presidência do colegiado é o do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), o relator do processo contra o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participou de uma reunião com as bancadas do PSD e PRB para convencer os parlamentares da necessidade de reforma. O ministro foi convidado pelas lideranças para esclarecer alguns pontos da proposta. Segundo o líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (PSD-MG), a necessidade da reforma previdenciária é clara para os deputados, mas ainda há muitas divergências em todas as bancadas sobre a forma de implementação das mudanças.

O líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que entre os partidos da oposição ficou acordado que a proposta não deve ser votada sem debate e sem passar por todas as etapas previstas no regimento. “Já conversamos com o presidente da Câmara. Não haverá atropelo. Vamos seguir rigorosamente o regimento na tramitação dessas matérias, foi uma condição que colocamos.” Os oposicionistas querem ainda que a Casa retome a discussão de outros projetos e não fique focada apenas nas reformas trabalhista e previdenciária.

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