Presidente sublinha “trabalho dos portugueses” na redução do déficit e não de “milagre”

Mundo Lusíada
Com agencias

presidentemarcelorebeloO Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a redução do déficit em 2016 é o resultado de “um esforço muito grande dos portugueses desde 2011/2012” e não de “um milagre”.

Também o primeiro-ministro António Costa disse que a redução do déficit não foi um “milagre”, considerando que as entidades responsáveis pelas previsões é que cometeram um “monumental falhanço”.

“É preciso um grande esforço para ter que invocar em vão o nome de Deus e não reconhecer o que é simples de reconhecer, que foi o monumental falhanço de todas a previsões do Conselho de Finanças Públicas ao longo do ano de 2016” declarou.

Em entrevista recente, a presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardosa declarou duvidar da sustentabilidade das medidas que o Governo usou para conseguir reduzir o déficit de 2016 para 2,1% do PIB. “Até certo ponto, houve um milagre”, disse ela, considerando que a incerteza em relação à sustentabilidade da redução do déficit, aliado a um passado de saída e posterior reentrada em déficit excessivo, leva os mercados a não valorizar os resultados.

Desemprego
O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu que “é uma notícia muito positiva” as estimativas do desemprego, que apontam para uma taxa de 10,2% em janeiro, estarem nos valores “mais baixos dos últimos oito anos”.

“É uma baixa consistente que tem vindo a acontecer no desemprego, uma criação de emprego muito forte que já aconteceu no ano passado e que os dados indicam que vai continuar ao longo deste ano”, disse o ministro português, acrescentando ser “muito positivo para a economia portuguesa e para os portugueses”.

Manuel Caldeira Cabral referiu ainda os números do Instituto Nacional de Estatística sobre o crescimento da economia no quarto trimestre de 2016, que mostram uma subida de 2% em relação ao mesmo período de 2015, tendo a média de crescimento anual sido de 1,4%.

“Os portugueses devem estar todos satisfeitos com esta realização do País”, afirmou. O Ministro realçou que esta retoma foi conseguida “com uma mistura de crescimento puxado pela procura interna, mas também puxado pelas exportações, que no final do ano passado tiveram uma aceleração muito interessante, e que o Governo espera que se mantenha e se reforce mesmo ao longo de 2017”.

Dados – O Instituto Nacional de Estatística reviu para 2% o crescimento econômico homólogo do quarto trimestre de 2016: mais 0,1 pontos percentuais face à estimativa divulgada em fevereiro.

Os dados do crescimento econômico confirmam a aceleração da produção nacional, depois de crescimentos de 1% no primeiro e no segundo trimestres, e de 1,7% no terceiro trimestre.

Ao longo de 2016, a economia portuguesa cresceu 1,4% em termos reais. Em termos nominais, a economia cresceu 3,1% e o saldo externo de bens e serviços aumentou para 1,2% do PIB, mais 0,5 pontos percentuais do que em 2015.

A aceleração do crescimento é também acompanhada por sinais positivos do mercado de trabalho. O emprego, no quarto trimestre de 2016, cresceu 2,4% em termos homólogos. Em dezembro, a taxa de desemprego baixou para 10,2%, o valor mais baixo desde março de 2009. De realçar a diminuição de 4,2 pontos percentuais na taxa de desemprego dos jovens (15 a 24 anos), que se estima em 25,7% em janeiro de 2017.

A estimativa de crescimento do PIB de 1,4%, em 2016, supera a previsão recentemente divulgada pela Comissão Europeia de 1,3%.

Ao longo de 2016, a economia portuguesa cresceu 1,4% em termos reais. Em termos nominais, a economia cresceu 3,1% e o saldo externo de bens e serviços aumentou para 1,2% do PIB, mais 0,5 pontos percentuais do que em 2015.

A aceleração do PIB no quarto trimestre está ancorada no investimento que teve um crescimento de 2,6% face ao mesmo período de 2015 (crescimento homólogo) e de 5% face ao terceiro trimestre (crescimento em cadeia). Destaca-se, no quarto trimestre, o crescimento homólogo de 6,9% do investimento em máquinas e equipamentos.

A aceleração do crescimento é também acompanhada por sinais positivos do mercado de trabalho. O emprego, no quarto trimestre de 2016, cresceu 2,4% em termos homólogos. Em dezembro, a taxa de desemprego baixou para 10,2%, o valor mais baixo desde março de 2009. De realçar a diminuição de 4,2 pontos percentuais na taxa de desemprego dos jovens (15 a 24 anos), que se estima em 25,7% em janeiro de 2017.

Segundo o governo, estes dados confirmam ainda o rigor das estimativas subjacentes ao Orçamento do Estado de 2017, reforçando a convicção do Governo nos objetivos orçamentais e de crescimento para 2017.

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