Portugal tem que baixar déficit com ou sem medidas adicionais, diz Comissão Europeia

Mundo Lusíada
Com Lusa

bandeira_uniao-europeiaO comissário dos Assuntos Econômicos afirma que as previsões de Bruxelas mostram que Portugal pode alcançar este ano o objetivo de colocar o déficit abaixo dos 3% do PIB, algo que “tem que ser feito”, com ou sem medidas adicionais.

Indicando que as projeções da Comissão Europeia apontam agora para que Portugal registre este ano um déficit de 3,1% – um valor ligeiramente mais otimista que aquele projetado pelo executivo comunitário há três meses (3,2%), mas ainda acima dos 3% definidos pelas regras europeias e ultrapassando a meta do Governo -, Pierre Moscovici comentou que “tal significa obviamente que (a meta abaixo dos 3%) não é inalcançável”.

Segundo o comissário, resta saber se Portugal conseguirá reduzir o déficit para um valor abaixo da fasquia de 3% do PIB prevista no Pacto de Estabilidade e Crescimento devido a “condições de crescimento melhores que o previsto, ou a medidas adicionais”, enfatizando que, de uma forma ou de outra, o cumprimento do objetivo “pode ser feito, e tem que ser feito”.

A Comissão Europeia espera que Portugal cresça 1,6% este ano, em linha com a previsão governamental, mas está menos otimista do que o Executivo para 2016, prevendo um crescimento de 1,8%, contra os 2% antecipados pelo Governo.

Nessas previsões económicas, os técnicos europeus antecipam que o PIB real cresça 1,6% em 2015, uma previsão que confirma a apresentada em fevereiro e que coincide com a do Governo.

Para 2016, Bruxelas antecipa que a economia portuguesa cresça 1,8%, uma décima de ponto percentual acima do que o antecipado nas últimas projeções econômicas mas dois pontos abaixo da estimativa do Governo, que espera um crescimento de 2% no próximo ano.

Bruxelas afirma que o crescimento econômico está a “ganhar impulso” e que a procura doméstica deverá ser “o principal motor do crescimento”, ainda que “o impacto negativo das exportações líquidas se desvaneça ao longo do horizonte da previsão”.

Presidência
Em visita oficial, o Presidente português afirmou em Oslo perante empresários noruegueses que as projeções apontam para um crescimento da economia portuguesa de 1,7% em 2015, exortando os investidores a aproveitarem as oportunidades de cooperação.

Depois de há dois meses em Paris, durante uma visita à OCDE, Aníbal Cavaco Silva ter afirmado que a taxa de crescimento da economia portuguesa em 2015 poderia chegar aos 2% devido à quebra do preço do petróleo e à depreciação do euro, na manhã de 05 de maio em Oslo, perante um grupo de empresários e investidores do setor energético, o chefe de Estado preferiu falar apenas de projeções.

“As projeções para economia portuguesa para o período 2015-2017 apontam para uma recuperação gradual do crescimento econômico”, disse. Assim, continuou, depois de um crescimento de 0,9% em 2014, o crescimento anual projetado para 2015 é de 1,7%, seguido de um crescimento de 2% nos anos subsequentes.

Com responsáveis pelas principais empresas portuguesas do setor da energia, como a Galp, REN, EDP Inovação, EFACEC, e representantes noruegueses da indústria naval, fundos financeiros, do setor da energia e gás sentados à volta da mesa, o Presidente da República tentou demonstrar o “grande potencial de cooperação” que existe entre Portugal e a Noruega, manifestando a convicção de que “é possível ir muito mais longe, se os empresários aproveitarem as oportunidades de cooperação”.

Segundo Cavaco, o déficit está controlado, o desemprego a cair, a exportações aumentam, o investimento privado está a recuperar e a balança externa apresenta agora um saldo positivo de 2%.

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