Portugal quer turismo sustentável ao longo do ano e em todo território

Mundo Lusíada
Com Lusa

foto: Jaime deBrum
Açores. foto: Jaime deBrum

A secretária de Estado do Turismo destacou que os últimos dados do turismo em Portugal “são muito satisfatórios” e mostram que é possível a atividade turística ser mais sustentável ao longo do ano e do território.

“Os números são muito satisfatórios, porque demonstram que é possível que a atividade turística seja mais sustentável ao longo do ano e do território”, disse Ana Mendes Godinho à Lusa.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que o número de hóspedes aumentou 9,8% para 19,1 milhões em 2016 e as dormidas 9,6% para 53,5 milhões, o que representa mais 4,7 milhões de dormidas face a 2015 e um crescimento de 12,5% face a 2015.

“Mas três milhões de dormidas aconteceram fora dos meses de verão, ou seja, 64% do crescimento acontece fora de época alta”, disse a secretária de Estado.

“Positivo” é também o crescimento que “está a acontecer em todo o país”, afirmou Ana Mendes Godinho, destacando o caso particular dos Açores, na ordem dos 21%, do Norte, a crescer perto dos 13%, e do Alentejo, a subir cerca de 11%. “Ou seja, todo o país está a crescer, incluindo as regiões ditas menos turísticas”, afirmou.

A governante considerou ainda que “outro fator muito positivo” é “a grande capacidade de diversificação dos mercados emissores”.

“Continuamos com bons números nos mercados do Reino Unido, da Alemanha e França, mas estamos com crescimentos muito importantes nos EUA, de 20,8%, na Polónia, de 20%”, assim como na Suíça, (mais 15,2%) e no Brasil (mais 13,7%).

Segundo o INE, em dezembro de 2016 a hotelaria registrou 1,1 milhões de hóspedes e 2,5 milhões de dormidas, correspondentes a subidas de 8,1% e 11%, respetivamente, no entanto inferiores às de novembro (de 12,9% e 14,9%, respectivamente).

Em todo o ano de 2016, as dormidas de residentes cresceram 5,2%, para 15,2 milhões, aumento aproximado ao do ano anterior, e as de não residentes subiram 11,4%, para 53,5 milhões (mais 3,9 milhões de dormidas face a 2015), com estas a representarem 71,5% do total (70,4% em 2015).

Os proveitos totais aumentaram 17% e os de aposento 18%, o que superou os crescimentos verificados em 2015, de 13% e 14,7%, respetivamente.

Em dezembro, os treze principais mercados emissores representaram 82,9% das dormidas de não residentes e apresentaram resultados maioritariamente positivos: Reino Unido (18,9% do total de não residentes; mais 15,8% face a novembro), Espanha (decresceram 3,8% em dezembro, contrariando os resultados dos últimos meses, mas mantendo-se o segundo maior mercado), Alemanha (desacelerou ligeiramente, com uma subida de 12,5%), França (crescimento de 18,2%), Brasil (acréscimo de 74,4%), Estados Unidos e Polônia (ambos com subidas de 25,1%), assim como os Países Baixos (aumento de 20,9%).

São ainda de referir os aumentos de dormidas da Irlanda (17,4%) e Suíça (14,8%), países que para 2016 evidenciaram subidas de 11,1% e 15,2%.

Em termos anuais verificou-se um aumento de 18% para as dormidas de França e cerca de 10% para o Reino Unido e Alemanha.

Destacam-se ainda as evoluções dos mercados norte-americano e polaco (20,8% e 20,1%, respetivamente), enquanto os mercados brasileiro e holandês refletiram aumentos de 13,7% e 13,4%, respetivamente.

Os resultados preliminares de 2016 apresentam o mesmo conjunto de treze países mais relevantes face a 2015, verificando-se, contudo, que os EUA ultrapassaram a Itália, tal como a Polónia relativamente à Suíça.

As dormidas aumentaram no conjunto de 2016 em todas as regiões, com destaque para os Açores (21,1%), Norte (12,8%) e Alentejo (10,8%).

Receitas da Atividade
As receitas da atividade turística de 2016 ascenderam aos 12,680 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal.

Estes resultados significam um crescimento de 10,7% face ao ano de 2015, mais 1,2 mil milhões de euros, o que representa o maior crescimento absoluto dos últimos dez anos.

Os meses nos quais a atividade turística registrou maior subida foram outubro, novembro e dezembro, respectivamente com 10,3%, 10,8% e 10,7%, prova de que a aposta na oferta turística ao longo do ano está a ter resultados positivos.

Também o saldo da balança turística cresceu, no caso 12,7%, atingindo os 8,8 mil milhões de euros.

Em 2016, e pela primeira vez, foram os turistas franceses quem mais gastou em Portugal – 2,277 mil milhões de euros-, seguidos dos turistas do Reino Unido – 2,267 mil milhões de euros – e dos espanhóis – 1,641 mil milhões de euros.

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