Portugal quer se posicionar como fornecedor de energia renovável para UE

Mundo Lusíada
Com agencias

Central de energia eólica. Foto: Rádio ONU
Central de energia eólica. Foto: Rádio ONU

Produzir e exportar eletricidade renovável é um dos objetivos do Ministério do Meio Ambiente de Portugal, de acordo com declarações feitas pelo titular da pasta à Rádio ONU.

Em Nova York, o ministro Jorge Moreira da Silva explicou que a medida ajudará o país a atrair mais investimentos e projetos e garantir a segurança energética da União Europeia.

“Fazendo entrar por Portugal e por Espanha algum gás natural que poderá substituir algumas das importações que a União Europeia hoje faz de gás internacional, nomeadamente da Rússia. Portanto, Portugal está a tentar posicionar-se não só como um bom cumpridor de metas ambientais, de clima e de energia muito ambiciosas, mas cada vez mais como um fornecedor de energia para toda a União Europeia. E isso mostra como uma União Europeia mais interligada pode atingir níveis de emissões e de energias renováveis mais ambiciosos e a um custo mais baixo.”

Prazo
Jorge Moreira da Silva diz que o país fixou o ano de 2030 como prazo para as metas do setor de energia. Segundo o ministro português do Meio Ambiente, o governo estabeleceu o limite mínimo de 25% de interligações energéticas entre os países.

Com isso seria possível duplicar a capacidade de energia renovável em Portugal e na Espanha e assim, abastecer outras nações do bloco europeu. Portugal está entre os países com maior produção de energia eólica do mundo.

Cimeira
O ministro do Ambiente afirmou que a cimeira da ONU é decisiva para evitar um novo falhanço contra as alterações climáticas e considerou haver “um clima propício” para chegar a um acordo em 2015.

“Estamos com um clima político propício para que um acordo seja alcançado em dezembro de 2015. Como constou de muitas das intervenções, esta é a primeira geração a ser afetada pelas alterações climáticas, mas poderá ser a última a estar em condições de agir a tempo de prevenir os efeitos nas próximas gerações”, disse Jorge Moreira da Silva. As intervenções feitas “são de forte comprometimento quanto a uma solução ambiciosa para as alterações climáticas”, realçou.

Para Moreira da Silva, “à medida que novos resultados [científicos] vão saindo que demonstram que as alterações climáticas não são apenas urgentes na sua resolução, mas que podem ter um benefício económico de inovação, emprego e uma nova carteira de atividades, vai se consubstanciando nos líderes políticos a ideia de que já não estamos a falar de um custo, mas de uma responsabilidade que é ao mesmo tempo uma oportunidade”.

Acerca das interligações elétricas entre os países europeu, principalmente Portugal, o ministro disse que, “se o grande objetivo da União Europeia do mundo em geral é o de promover a aposta nas energias renováveis e reduzir as emissões, a grande discussão não vai estar em saber se se quer cumprir estes objetivos, mas saber como reduzir o custo” do seu cumprimento. Por isso, “a par da aposta das energias renováveis é preciso fazer uma aposta nas interligações energéticas”, defendeu Moreira da Silva.

Paralelo ao encontro em Nova York, Portugal e Brasil assinaram um memorando de cooperação na área de meio ambiente.

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