Portugal fará o necessário para evitar segundo resgate, diz ministro

Da Redação
Com Lusa

MarioCenteno_FinancasO ministro das Finanças, Mário Centeno, disse, numa entrevista à estação televisiva norte-americana CNBC, que Portugal fará o necessário para evitar um segundo resgate financeiro.

Segundo o ‘site’ da CNBC, que divulga a entrevista, as declarações do ministro português foram dadas durante o fim de semana à margem do encontro dos ministros das finanças da zona euro, em Bratislava.

Citado pela CNBC, Mário Centeno afirmou que o seu principal foco é relançar a economia do país para evitar um novo pedido de assistência financeira aos vizinhos da zona euro, ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) (‘troika’).

“Essa é a minha principal tarefa, o nosso compromisso em matéria orçamental e a redução da despesa pública vai precisamente nesse sentido”, afirmou.

Em 2011, Portugal recebeu um resgate financeiro de 78 mil milhões de euros da ‘troika’, num processo que envolveu vários cortes nos gastos e reformas, mas que permitiu ao país sair com sucesso do programa em 2014.

Centeno disse que é “apenas parcialmente verdadeiro” que o Governo português esteja a focar-se mais no consumo, destacando que o “foco substancial” é a recuperação de rendimentos, especialmente para as famílias.

“Claro que também estamos a dirigir a nossa política para as empresas, para o investimento, temos um programa muito ambicioso com o objetivo de ajudar a capitalizar as empresas e estamos a fazer um grande esforço para estabilizar o nosso sistema financeiro, que é crucial para o crescimento do investimento e da economia”, afirma.

A entrevista aborda ainda o plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, com Mário Centeno a destacar a existência de “um plano de negócios muito ambicioso” e de “uma equipa de gestão muito profissional”.

“Penso que o mercado vai perceber muito facilmente que se trata de uma operação muito ambiciosa e orientada para o mercado e por isso estamos confiantes em levantar os 500 milhões de dívida subordinada que temos de ir buscar ao mercado”, disse.

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