Portugal entre os países que melhor previnem lavagem de dinheiro, segundo estudo

Da Redação
Com Lusa

Protesto “Geração à rasca” reúne milhares na Avenida dos Aliados, no Porto. Foto: ESTELA SILVA/LUSA
Protesto no Porto. Foto: ESTELA SILVA/LUSA

Portugal está entre os 12 países que melhor previnem o “branqueamento de capitais”, ou lavagem de dinheiro, numa lista de 152 Estados divulgada pelo Instituto Basel de Governação, uma entidade independente com sede na Suíça.

Na lista, o país que surge melhor posicionado em termos de avaliação dos riscos de branqueamento de capitais é a Finlândia, seguindo-se a Estônia, a Eslovênia, a Lituânia e a Nova Zelândia.

Portugal surge em 12.º lugar, à frente de muitos outros países europeus, como a Dinamarca (15.º lugar), a Bélgica (23.º), o Reino Unido (28.º), a França (29.º) ou a Espanha (45.º lugar).

No fundo da tabela fica o Irão, seguido pelo Afeganistão, o Tadjiquistão e a Guiné-Bissau.

Moçambique, outro país de língua portuguesa, como a Guiné-Bissau, aparece em sétimo lugar a contar do fim.

A lista é elaborada com base nas avaliações da instituição mas também tem como fontes o Banco Mundial, o Fórum Econômico Mundial ou a Transparência Internacional.

Analisam-se as práticas e dispositivos existentes, em especial no setor financeiro, em termos de prevenção do branqueamento e financiamento do terrorismo e verifica-se se as medidas adotadas estão de facto a ser cumpridas.

De acordo com um comunicado do ministério português da Justiça, sobre o relatório, para o resultado “foi absolutamente decisivo o desempenho” da Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária e a ação do Núcleo de Branqueamento do Banco de Portugal.

Esta é quarta edição do relatório desenvolvido pelo Instituto Basel, que começou em 2012 e que, desde então, diz a entidade, tem sido a única organização sem fins lucrativos a classificar os países de acordo com o seu risco de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo.

O Instituto Basel de Governação é uma organização independente e sem fins lucrativos especializada na prevenção da corrupção e na governação pública. Tem sede na Suíça e trabalha com parceiros públicos e privados no combate à corrupção e outros crimes financeiros e na melhoria da qualidade da governação a nível mundial.

O Banco Mundial, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o FMI, o Conselho da Europa ou a Interpol são alguns desses parceiros.

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