No Brasil, Angela Merkel inaugura cooperação em tecnologia e educação

Mundo Lusíada
Com agencias

Uma das principais obras do arquiteto brasileiro, Palácio da Alvorada em Brasília, residência da Presidência da República do Brasil.

A chanceler alemã, Angela Merkel, chegou à Brasília em visita oficial para inaugurar a cooperação com o Brasil em políticas tecnológicas e educacionais, segundo o Governo brasileiro. Alemanha e Brasil são parceiros comerciais e econômicos, mas não possuem ainda acordos de cooperação nas áreas de educação, ciência e tecnologia que devem ser discutidos pelas chefes de Governo e seus ministros.

Merkel chega ao Brasil com uma comitiva de 12 ministros, que mantém reuniões com seus pares brasileiros para procurar parcerias, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Na noite de 19 de agosto, Merkel e a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, terão um jantar reservado no Palácio da Alvorada (residência oficial da Presidente, e, Brasília). A reunião bilateral está prevista para quinta-feira, assim como os encontros entre os ministros de áreas afins.

Segundo o embaixador Oswaldo Biato Júnior, os ministros presentes, brasileiros e alemães, vão debater intenções em comum sobre cooperação em pesquisa na área de biotecnologia e energia renovável, em pesquisas marinhas, estrutura portuária, em questões que envolvem as chamadas terras raras, entre outras. “Temos também uma declaração conjunta de intenções entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Educação e pesquisa que tem um intuito muito interessante que é o de viabilizar a cooperação nas chamadas terras raras que são matérias-primas estratégicas necessárias para produtos de alta tecnologia como smartphones.”

Entre os temas tratados está também o meio ambiente, cujas ministras brasileira e alemã, Izabella Teixeira e Barbara Hendricks, respectivamente, devem celebrar os acordos de cooperação entre os países que totalizam 54 milhões de euros, e um aporte ao Fundo Amazônia para apoiar atividades de proteção da região.

O embaixador Oswaldo Biato Júnior, diretor do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, realçou na terça-feira que já há uma série de investimentos alemães importantes no Brasil, incluindo a área automobilística, com presença da Volkswagen e da Mercedes-Benz.

No campo global, além da reforma do Conselho de Segurança da ONU, os dois países devem se pronunciar sobre a mudança no clima tendo em vista a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21). Este ano, o Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou uma resolução proposta pelo Brasil e Alemanha que cria a relatoria especial sobre o direito à privacidade na era digital. A parceria dos dois países na área se iniciou após virem à tona, em 2013, denúncias de espionagem envolvendo o governo dos Estados Unidos a cidadãos alemães e brasileiros, incluindo Dilma e Merkel.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a Alemanha é o quarto parceiro comercial do Brasil. Em 2014, o comércio entre os dois países chegou a US$ 20,47 bilhões.

Bancos firmam parceria
A Caixa Econômica Federal e o banco alemão KfW Entwicklungsbank firmaram parceria nesta semana para financiamento de projetos de saneamento, infraestrutura e na também distribuição de micro e minigeração de energia elétrica. O acordo foi anunciado pela presidente da Caixa, Miriam Belchior, o diretor do KfW, André Ahlert, e o membro do Comitê de Gestão do banco alemão, Stephan Opitz.

O banco alemão já possui parceria com a Caixa na área de sustentabilidade. O Projeto Jalapão recebeu € 6 milhões para aprimorar a prevenção e o controle de queimadas irregulares e incêndios florestais na Região do Jalapão (TO), contribuindo assim para a manutenção das funções do Cerrado como sumidouro de carbono, de relevância global, e como repositório da biodiversidade. No âmbito da cooperação bilateral Brasil – Alemanha, a Caixa e o KfW vêm estabelecendo parcerias em iniciativas na área ambiental desde 2003.

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