Ministro português declara que privatização dos CTT foi “um enorme êxito”

Mundo Lusíada
Com agencias

Francisco de Lacerda (2E), presidente e CEO dos CTT, Luís Laginha de Sousa, presidente e CEO Euronext Lisbon (E), o ministro da Economia Pires de Lima (2D), o secretário de Estado dos Transportes e Comunicações Sérgio Monteiro (2D) e o secretário de Estado das Finanças, Miguel Rodrigues (D) na sessão de Apuramento de Resultados da Oferta Pública de Venda dos CTT, na Euronext em Lisboa, 04 de dezembro. JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA
Francisco de Lacerda (2E), presidente e CEO dos CTT, Luís Laginha de Sousa, presidente e CEO Euronext Lisbon (E), o ministro da Economia Pires de Lima (2D), o secretário de Estado dos Transportes e Comunicações Sérgio Monteiro (2D) e o secretário de Estado das Finanças, Miguel Rodrigues. JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA

A Parpública anunciou a conclusão da venda dos 31,5% que o Estado ainda detinha nos CTT ao preço de 7,25 euros por ação, por 343 milhões de euros, totalizando o valor final da reprivatização 909,2 milhões de euros.

“Com esta privatização conduzida em duas fases, e que usou o mercado de capitais como único instrumento de venda da empresa, foram mais de 900 milhões de euros, é um enorme êxito, tanto para o Estado, como para a equipe de gestão dos CTT”, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima.

“Muitos diziam que a empresa não valia mais de 400 ou 500 milhões de euros. Quando o Governo estava a estudar a possibilidade de lançar a privatização, ouvi comentários de investidores que estavam interessados na empresa que declaravam que esta não valeria mais de 300 ou 400 milhões de euros”.

Além do ponto de vista financeiro, o Ministro sublinhou que a privatização dos CTT constitui também mais uma “prova de vida” em que a economia vence na luta pela credibilidade e confiança, em prol da atração do investimento e recuperação econômica.

“É muito positivo que, na primeira semana de setembro, depois de tudo o que foi conhecido e que se passou em Portugal nos últimos meses, uma privatização de uma empresa que até há um ano era completamente pública se tenha concluído no mercado de capitais com o sucesso que se conhece”, referiu ainda.

António Pires de Lima afirmou também que Portugal e as boas empresas continuam a ser muito atrativas do ponto de vista do investimento português e investimento institucional estrangeiro, elogiando os investidores do negócio.

“O mérito deve-se ao trabalho feito pelos Ministérios das Finanças e da Economia, pela administração dos CTT e pela própria empresa dos Correios”, disse salientando que foi acertada a decisão do Governo de privatizar os CTT em dois passos: tanto na escolha do mercado de capitais em outubro – quando ainda não estava claro a forma como Portugal ia terminar o programa de assistência financeira – como no regresso ao mercado de capitais no início do mês, depois de uma fase difícil na bolsa portuguesa em julho e agosto.

E concluiu: “Com ousadia e coragem, o Governo usou o mercado, que é o teste decisivo que podemos escolher para medir a credibilidade daquilo que queremos vender e do que queremos fazer com investidores, para privatizar os CTT, e foi totalmente bem-sucedido”.

Privatização da EGF
A imprensa portuguesa divulga essa semana que a Mota-Engil segue na frente para a privatização da EGF – Empresa Geral de Fomento.

A Parpública e a Águas de Portugal elegeram a proposta da Mota-Engil como a melhor para a privatização, e agora, o governo pode aceitar a recomendação ou avançar para uma rodada final de negociações.

O principal critério principal do concurso de privatização era o preço a pagar por 100% das ações da EGF. A Mota-Engil ofereceu 149,9 milhões, a FCC 145,3 milhões e a DST 90,3 milhões.

Até sexta-feira, os três concorrentes podem contestar o relatório, antes da decisão do governo português.

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