Lucro da Galp Energia cresce 8% até setembro graças a produção no Brasil

Da Redação
Com Lusa

logo_Brasil-Portugal-bandeiraO lucro da Galp Energia aumentou 8% nos nove primeiros meses do ano, face ao mesmo período do ano passado, graças sobretudo ao reforço da produção no Brasil, segundo anunciou a empresa em 27 de outubro.

Em comunicado divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera portuguesa refere ter obtido, o período de janeiro a setembro, um resultado líquido de 236 milhões de euros, mais 18 milhões do que no mesmo período de 2013.

O valor do resultado líquido é ajustado (RCA – Replacement Cost Adjusted), ou seja, exclui o efeito ‘stock’ e eventos não recorrentes, sendo considerado como o indicador que melhor descreve o desempenho da empresa.

Em termos operacionais, a Galp Energia também apresentou um crescimento em relação ao valor registrado no período homólogo de 2013, melhorando 17,2%, para 516 milhões de euros. Até setembro deste ano, a Galp Energia registrou um aumento de 22% na produção ‘net entitlement’ (aquela a que a Galp Energia tem de fato direito) de petróleo e gás natural.

De acordo com a informação da empresa, a produção ‘net entitlement’ passou para 24,9 mil barris de petróleo e gás por dia, dos quais 70% correspondem à produção no Brasil. No total, (working interest) a produção de petróleo e gás natural cresceu 18%, totalizando 28,5 mil barris de petróleo e gás por dia.

A Galp Energia avança ainda que as exportações de produtos refinados para fora da Península Ibérica diminuíram 18%, “devido à menor disponibilidade de produto resultante da paragem geral na Refinaria de Sines”, tendo-se situado nos 2,7 milhões de toneladas.

No mesmo comunicado, a petrolífera informa sobre um aumento de 8% do volume de gás natural vendido no período de janeiro a setembro, explicando que essa evolução se deveu ao aumento dos volumes de GNL comercializados nos mercados internacionais.

Alentejo

A Galp admite iniciar a prospecção de petróleo em águas profundas no Alentejo em 2016, estando neste momento a negociar com o Governo, segundo o presidente da petrolífera nacional, Ferreira de Oliveira. Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da empresa até setembro, Manuel Ferreira de Oliveira explicou que “está neste momento um documento nas mãos do Governo português”, recusando adiantar mais pormenores sobre as negociações em curso.

“Está em fase avançada de análise para saber se decidimos ou não perfurar no Alentejo. Há um contexto que não posso partilhar convosco em que podemos perfurar o ‘deep shore’ [águas profundas] português”, declarou.

Ferreira de Oliveira adiantou que, a avançar, a Galp deve começar a mobilizar a tecnologia para o efeito ao longo de 2015 para iniciar em 2016. O responsável reafirmou que a Galp não pretende avançar sozinha, preferindo partilhar o risco “demasiado elevado” com outro investidor.

Em fevereiro, Ferreira de Oliveira disse que a Galp estava à “procura de parceiros”, estando a decorrer o processo de seleção, depois de, em novembro de 2013, a Petrobras, que era parceira da Galp na prospecção de petróleo em águas profundas em Peniche e no Alentejo, ter anunciado o encerramento das atividades em Portugal. Em Peniche, a Repsol substituiu a Petrobras no consórcio.

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