Gastronomia portuguesa vale “20% do PIB” diz ministro

Da Redação
Com Lusa

Pastél de Belém em receita original de 1837. Foto: Reprodução
Pastél de Belém em receita original de 1837. Foto: Reprodução

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional realçou, no Porto, que a gastronomia “tem um valor muito próximo de 20% do produto interno bruto” de Portugal, o que “dá bem a ideia do peso econômico desta área”.

Poiares Maduro falava no encerramento da cerimônia de apresentação do Manifesto CULINAR – Norte de Portugal, lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) com o intuito de ser “nova plataforma regional em defesa da cultura gastronômica do Norte de Portugal”.

Poiares Maduro realçou que a gastronomia envolve setores como a restauração e o agroalimentar” e, por outro lado, possui “um valor econômico que assenta deste logo no seu valor cultural e identitário”.

“Comer não é hoje, seguramente, a mera satisfação básica de uma necessidade, mas sim um ato social”, completou. O ministro sustentou que comer tem a ver com cultura, o que, em sua opinião, “transforma a gastronomia num elemento de identidade do território do nosso país e de cada região do nosso pais e isso tem um valor enorme”.

“Falar de gastronomia é também uma forma de contar a nossa história”, considerou. O ministro acrescentou ainda que “a gastronomia também pode ser vista como talvez o melhor exemplo da verdadeira competitividade econômica que país deve procurar, porque é uma competitividade inteligente”.

“A competitividade inteligente é que assente no território e na valorização dos seus ativos”, como a sua população e os seus recursos naturais. “É essa competitividade que nos diferencia no mundo global e é essa diferença que nos dá valor”, continuou.

Poiares Maduro destacou que “o manifesto CULINAR alia tradição à inovação e o conhecimento ao território”. “Só com tradição não se evolui e não se surpreende, não se reforça a qualidade e não se renova, mas uma inovação desligada do território também é inconsequente”, afirmou.

O presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, realçou que o manifesto CULINAR surgiu para ser “um fórum agregador de muita gente e de muitas entidades que já fazem coisas notáveis” na área gastronômica.

“Queremos criar condições para uma região cheia de estrelas e, para isso, estamos empenhados num grande esforço para prosseguir no desenvolvimento de investigação aplicada, de transferência de tecnologia e de formação especializada”, frisou o presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, numa declaração sobre a iniciativa enviada à agência Lusa.

“A necessidade de preservação e potenciação de recursos naturais e o compromisso com princípios de sustentabilidade e autenticidade” estão entre os principais objetivos inscritos no documento.

O CULINAR ambiciona “fazer do Norte de Portugal uma das regiões de excelência a nível mundial” e criar até uma marca, tirando partido dos seus vinhos, gastronomia e os produtos locais.

O manifesto como primeiros subscritores os chefes Rui Paula, Pedro Lemos, Ricardo Costa, Renato Cunha e o brasileiro Felipe Rameh e por Emídio Gomes e Poiares Maduro.

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