BES Investimento vendido a chineses e seis interessados na venda do Novo Banco

Da Redação
Com Lusa

BES_NovoBancoO Novo Banco informou em 04 de dezembro que vendeu o Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) à Haitong, empresa chinesa especializada em serviços financeiros, por 379 milhões de euros. O interesse da Haitong no BESI já tinha sido noticiado recentemente e o negócio foi concretizado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco frisa que o negócio está agora “dependente das necessárias aprovações, nomeadamente junto do Banco de Portugal, da Comissão Europeia, das autoridades da concorrência e de um conjunto de outras autoridades que exercem supervisão direta sobre a entidade compradora”.

Depósitos Novo Banco
Segundo declarou o antigo presidente do PSD, Marques Mendes, à SIC, existem entre seis a sete potenciais interessados na aquisição do Novo Banco, à venda. Marques Mendes disse que chineses, árabes, americanos, espanhóis e portugueses, estavam na corrida para o mais recente Banco em Portugal. Além do BPI e do Santander, na corrida podem estar dois bancos espanhóis, o BBVA e o Banco Popular, além dos chineses da Fosun, o fundo norte-americano Apolo, e um fundo de um país do médio oriente.

O Novo Banco contava no início de agosto com 25,1 bilhões de euros em depósitos de clientes, segundo o balanço de abertura divulgado em 03 de dezembro, menos 10,8 bilhões de euros do que no final de junho.

Recuperando o relatório dos resultados semestrais do então Banco Espírito Santo (BES), verifica-se que os depósitos de clientes ascendiam a 35,9 bilhões de euros, o que significa que durante o mês de julho e os primeiros dias de agosto houve uma retirada próxima de 11 bilhões de euros.

Em 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controle do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 bilhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

Mas investidores do BES defendem que a legalidade deve ser reposta com a anulação do negócio do Novo Banco, “um conto do vigário em vários aspectos” declaram.

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