Balança comercial com PALOP piora 26% em 2015 mas continua favorável a Portugal

Da Redação

CPLPA balança comercial entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) piorou 26 por cento no ano passado, mas continua positiva em 1,6 mil milhões de euros, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística.

Os dados disponíveis na página do INE e compilados pela Lusa mostram que o saldo favorável das trocas comerciais entre Portugal e os PALOP encolheu de 2,1 mil milhões de euros para 1,6 mil milhões durante todo o ano de 2015, uma degradação sustentada essencialmente na relação com Angola.

Em 2014, as trocas comerciais entre Portugal e Angola tinham sido favoráveis em 1,5 mil milhões de euros, mas no ano passado o saldo encolheu para 959 milhões de euros, à custa de uma redução de cerca de 30% quer nas importações, quer nas exportações para o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana.

Olhando para a evolução do saldo da balança comercial entre Portugal e os países de língua oficial portuguesa entre 2014 e 2015, constata-se que houve uma melhoria em todos os países à exceção de Angola, o que mostra bem o peso deste país africano nas trocas comerciais de Portugal com o continente.

Portugal registou um agravamento do saldo negativo das trocas comerciais com o Brasil, com a balança a ser negativa em 290 milhões de euros, quando em 2014 era de 226, o que mostra uma deterioração de 28,5%.

Com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, os valores são praticamente os mesmos, notando-se, ainda assim, uma ligeira melhoria da balança comercial com este último, de 1,5%.

A Guiné Equatorial, por seu turno, conseguiu melhorar o saldo da sua balança comercial relativamente a Portugal, tendo registado um saldo positivo de 187 milhões de euros, quando em 2014 este saldo era favorável ao país africano em 157 milhões.

Com Moçambique, o segundo maior parceiro comercial de Portugal no espaço lusófono a seguir a Angola, houve uma melhoria do saldo positivo para Portugal: passou de 283 milhões para 317 milhões de euros, o que revela uma subida de 12,2%.

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