Audiência de TV no exterior bate recorde na Copa e gera 1 milhão de empregos no país

Mundo Lusíada
Com agencias

Um grupo de jornalistas europeus, da Alemanha, Áustria, França e Portugal, fizeram uma visita guiada à Arena Fonte Nova, em 7 de dezembro, para conhecer o estádio. Entre eles, o português Nuno Luz. Foto: Elói Corrêa/GOVBA
Foto: Elói Corrêa/GOVBA

A audiência da primeira fase de jogos da Copa do Mundo, que está sendo realizada no Brasil, bateu recordes em vários países, conforme dados da Fifa. No Brasil, o Ministério do Turismo (MTur) já estimava um aumento de 12,5% no número de telespectadores, em relação a última Copa, na África do Sul, vista por 3,2 bilhões de pessoas. Nos números estimados pelo MTur, cerca de 3,6 bilhões de pessoas devem assistir aos jogos em todo o mundo, quase metade da população da Terra.

A audiência recorde em alguns países, nos primeiros dias da Copa, revela o interesse do público pelo esporte e pelo País. Para o ministro do Turismo, Vinicius Lages, a oportunidade de exposição ajuda a construir uma imagem positiva do Brasil. “Países como a África do Sul e Alemanha, que já realizaram a competição, se beneficiaram da exposição na mídia. Assim como eles, a expectativa é um aumento de até 10% no número de turistas estrangeiros nos próximos anos no País”, diz.

Na partida entre Estados Unidos e Portugal, alcançou um recorde histórico de espectadores para uma emissora de TV norte-americana, com média de 18,2 milhões de pessoas e picos de audiência chegou de até 22,9 milhões. Na estreia americana contra Gana, dia 16, houve 11,1 milhões de telespectadores número que já tinha sido recorde da emissora em uma partida de Copa. Outros 4,8 milhões de telespectadores dos EUA viram pela Univision, em espanhol, número superior a qualquer outro esporte em 2014.

Já no jogo entre Chile e Austrália, por exemplo, cerca de 2,3 milhões de telespectadores assistiram à TV na Austrália, terceira maior audiência esportiva da televisão em 2014, mais do que a final do Aberto de Tênis da Austrália, o primeiro dos torneios de tênis do Grand Slam.

Segundo a Fifa, os torcedores e telespectadores de Brasil, Japão, Alemanha, Reino Unido, Argentina, França, Holanda, Croácia e Itália foram responsáveis pelas principais audiências das emissoras que transmitiram os jogos nos respectivos países. O número recorde é dos brasileiros, na partida de estreia da Seleção, dia 12, contra a Croácia. Foram 42,9 milhões de pessoas que assistiram ao jogo pela TV Globo, detentora dos direitos de transmissão no país e que marcou a maior audiência de um evento esportivo no Brasil, em 2014. Na Croácia, 1,5 milhão de telespectadores assistiram à televisão, também maior audiência televisiva em 2014.

Segundo um estudo do MTur sobre o impacto econômico e social do evento, a audiência média das partidas da Copa das Confederações Fifa Brasil 2013 subiu 50% em relação à última edição da competição, também sediada na África do Sul – e muito disso se deve à capacidade e infraestrutura do Brasil de geração e difusão das imagens.

Segundo a Fifa, a Copa do Mundo do Brasil terá 73 mil horas de transmissão de TV para mais de 200 países, o equivalente a um aparelho de TV ligado por oito anos. Além disso, cerca de 19 mil profissionais estão trabalhando na cobertura do evento, o que garante a propagação das informações do País para milhares de pessoas em todo o mundo.

1 milhão de empregos

Na economia, a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 está gerando cerca de 1 milhão de empregos no País. O número de postos de trabalho criados pelo Mundial equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais registrados ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff. “É um número extremamente significativo que nós estamos comemorando neste momento. É um legado humano extraordinário”, ressaltou o presidente da Embratur, Vicente Neto, durante entrevista no Centro Aberto de Mídia João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Os dados vêm de um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a pedido do Ministério do Turismo. O levantamento faz a comparação entre a projeção dos impactos gerados pela Copa do Mundo e as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre o histórico de janeiro de 2011 a março de 2014.

Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporários (todos com carteira assinada), segundo o presidente da Embratur. “São números significativos para qualquer comparação”, afirmou Neto. Só na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo, legado que o presidente da Embratur considera bastante significativo.

Neto anunciou, durante a coletiva, outro dado positivo relativo à Copa no Brasil: a taxa de ocupação da rede hoteleira nas 12 cidades-sede na primeira semana do Mundial está 45% acima do esperado, de acordo com autoridades do setor. Até o dia 11 de junho, foram registradas 340 mil diárias, 100 mil a mais que o previsto pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). “Os números estão superando as expectativas”, afirmou o presidente da Embratur.

De acordo com Vicente Neto, a expectativa é que a realização de grandes eventos, como a Copa, ajudem a projetar o Brasil como destino turístico de destaque no cenário internacional, impulsionando a geração de emprego e renda no País. Entre os principais impactos positivos esperados pela Copa estão os gastos de turistas durante o evento.

Como um todo, a Copa do Mundo deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) encomendada pelo Ministério do Turismo.

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