Sarau em São Paulo traz protagonista do filme “Florbela”

Da Redação

FilmeFlorbela_DalilaCarmoDalila Carmo chega ao Brasil no dia 27 de abril para o lançamento do primeiro filme baseado na vida de Florbela Espanca.

A atriz e protagonista participará de um sarau na Livraria da Vila do Shopping Higienópolis, homenageando as obras da poetisa portuguesa que viveu apenas trinta e seis anos, de forma plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade.

No sarau, que acontece às 18h, os participantes concorrerão a entradas para o coquetel de pré-estreia oficial do filme.

“Florbela” foi filme português mais visto em Portugal em seu ano de lançamento, com mais de 20.000 espectadores em seu primeiro fim de semana. E conta a história de um dos nomes mais importantes da poesia portuguesa do século XX. Esta é a primeira adaptação para cinema da vida de Florbela Espanca.

Na sinopse do filme, Florbela (Dalila Carmo) separa-se de forma violenta de seu marido António. Apaixonada por Mário Lage (Albano Jerónimo), ela se refugia num novo casamento, mas a vida de esposa provinciana não é conciliável com sua alma inquieta. Ela não consegue escrever nem amar. Ao receber uma carta de seu irmão Apeles (Ivo Canelas), Florbela corre para junto dele. Na cumplicidade do irmão aviador, Florbela se entrega. Entre a realidade e o sonho, os poemas surgem quando o tempo para. Nesse imaginário febril de Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e apenas os seus poemas a mantém sã. Florbela é o retrato íntimo de Florbela Espanca: não de toda a sua vida cheia de sofrimento, mas de um momento no tempo, em busca de inspiração, uma mulher que viveu de forma intensa e não conseguiu amar docemente.

FLORBELA ESPANCA

Nascida no fim do século XIX, Florbela Espanca é um nome singular na história da literatura portuguesa. Em conflito com o seu tempo, a jovem poetisa escandalizou a sociedade da época com os seus sucessivos casamentos e divórcios, a sua maneira audaz de vestir, de estar e a sua personalidade emancipada.

Menosprezada pelos seus pares pelo feminismo presente nos seus versos, teve sua importância restabelecida na história da literatura portuguesa apenas anos mais tarde por ser uma mulher avançada para o seu tempo, fumante, divorciada, provinciana, filha ilegítima e declarada inimiga do Estado Novo. Morreu em 1930, com apenas 36 anos, de uma tristeza sem fim, 2 anos após a morte do irmão num desastre de aviação. Três casamentos, livros de poesia, contos, diários, traduções, viveu numa vertigem altamente singular para uma mulher do seu tempo.

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