Português José Luís Peixoto vence Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa

Da Redação
Com agencias

JoseLuisPeixotoO romance “Galveias”, do escritor português José Luis Peixoto, foi o vencedor do prêmio literário Oceanos, organizado pelo Itaú Cultural, em São Paulo.

Os outros vencedores da premiação, que deu lugar ao antigo prêmio Portugal Telecom, seguido ao José Luís Peixoto, foi em segundo lugar Juliàn Fuks, com “A Resistência” (Companhia das Letras); Ana Martins Marques, com “O livro das semelhanças” (Companhia das Letras), e em quarto, Arthur Dapieve, com “Maracanazo e outras histórias’ (Alfaguara).

Peixoto e os outros três autores distinguidos este ano pelo Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, foram escolhidos pelos curadores do galardão, a investigadora Selma Caetano, especialista na obra de Graciliano Ramos, e Manuel da Costa Pinto, jornalista e mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada, pela Universidade de São Paulo.

Os quatro trabalhos vencedores foram apresentados na noite de terça-feira no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e contou com a presença do Consul Geral de Portugal em SP, Paulo Lourenço.

Para os críticos que escolheram o romance de Peixoto como o melhor livro do ano, em língua portuguesa, publicado no Brasil, a obra faz “um mergulho no Portugal profundo, rural, com uma narrativa que alinha personagens emblemáticas desse universo arcaico”.

Entre os dez finalistas estava ainda o escritor português Gonçalo M. Tavares, com o romance “Uma menina está perdida no seu século à procura do pai”.

Estes finalistas foram escolhidos por um júri, a partir de uma lista de 50 obras semifinalistas, provenientes de um grupo de 740 títulos concorrentes, dos diferentes gêneros – poesia, romance, conto, crônica e dramaturgia.

Além das obras de José Luís Peixoto e de Gonçalo M. Tavares, estavam também, entre os semifinalistas portugueses, os livros de poesia de Matilde Campilho, “Jóquei”, e do sociólogo Boaventura Sousa Santos, “139 epigramas para sentimentalizar pedras”, e os romances “Não é meia-noite quem quer”, de António Lobo Antunes, e “O pecado de Porto Negro”, de Norberto Morais.

No ano passado, o prêmio Oceanos, em primeira edição, que sucedeu ao Prêmio Portugal Telecom de literatura, foi atribuído ao escritor brasileiro Silviano Santiago, de 80 anos, pelo romance “Mil Rosas Roubadas”.

Vencedor
José Luís Peixoto nasceu em 1974, em Galveias, venceu o prêmio José Saramago, em 2001, com o romance “Nenhum Olhar”, o segundo da sua carreira, incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados no Reino Unido, em 2007, e recebeu o galardão Salerno Libro d’Europa, em 2013, por “Livro”, entre outras distinções.

O escritor estreou-se na ficção com “Morreste-me”, em 2000, a que se seguiram, entre outros, “Uma Casa na Escuridão”, “Cemitério de Pianos”, melhor romance estrangeiro publicado em Espanha, em 2007, e “Em Teu Ventre”.

As suas obras foram ainda finalistas de prêmios internacionais como o Femina, em França, Impac Dublin, Irlanda, e o antigo Portugal Telecom, Portugal/Brasil.

Na poesia destacam-se “A Casa, a Escuridão”, “Gaveta de Papéis”, que recebeu o Prêmio Daniel Faria, e “A Criança em Ruínas”, Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores.

“Anathema”, “À Manhã” e “Quando o Inverno Chegar”, no teatro, são outras obras do escritor.

Em 2012, José Luís Peixoto publicou “Dentro do Segredo, uma viagem na Coreia do Norte”, primeira incursão na literatura de viagens.

Os seus romances estão traduzidos em mais de vinte idiomas, de acordo com a sua editora.

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