Portugal aprova projeto piloto de ensino do mandarim para o próximo ano letivo nas escolas

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As escolas públicas têm até terça-feira para apresentar uma proposta ao ministério para poder começar a ensinar mandarim aos alunos do secundário a partir de setembro, segundo um despacho publicado em Diário da República.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) decidiu avançar com um projeto-piloto destinado a ensinar mandarim aos alunos dos cursos Cientifico-Humanísticos.

Assim, no próximo ano letivo, os estudantes vão poder escolher mandarim “como uma das opções de Língua Estrangeira III na componente de formação geral e/ou componente de formação específica”, lê-se no despacho assinado pelo ministro da Educação na passada terça-feira e publicado em Diário da República (D.R.) no dia seguinte.

O MEC já tinha anunciado a intenção de introduzir esta disciplina nas escolas e falava-se que deveria ficar disponível para cerca de 500 alunos.

O diploma agora publicado diz que as escolas interessadas têm até à próxima terça-feira para apresentar uma proposta à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGestE) e que, depois, caberá aos serviços do MEC decidir quais os estabelecimentos que irão ter esta oferta.

O projeto-piloto deverá ser implementado nas escolas “distribuídas pelas áreas geográficas correspondentes às unidades orgânicas desconcentradas de âmbito regional da DGestE”, define o diploma.

As escolas podem, a título condicional, começar a aceitar matrículas na disciplina, sendo que as turmas de mandarim só podem abrir se tiverem um mínimo de 20 alunos, refere o diploma. O despacho assinado por Nuno Crato acrescenta ainda que o projeto-piloto poderá ser alargado a partir do ano letivo de 2016/2017.

Segundo o governo português, a iniciativa foi aprovada tendo em conta a crescente procura pelo ensino da língua e na sequência de contatos estabelecidos com o Hanban, Instituto Confúcio da República Popular da China.

Está sendo finalizado um protocolo de colaboração que será assinado entre o Ministério da Educação e Ciência e o Hanban, tendo em vista a definição dos termos da cedência graciosa de professores chineses para colaborar no ensino do Mandarim nas escolas portuguesas. O MEC conta também com o apoio das Instituições de Ensino Superior e do Centro Científico e Cultural de Macau na implementação do projeto.

Em maio do ano passado, os Governos de Portugal e da China assinaram, em Pequim, um Programa Executivo de Cooperação, com vista a uma maior colaboração nos domínios da língua, da educação e da cultura, entre outros. Na ocasião, o Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que integrava a comitiva do Presidente da República, estudou a possibilidade de o Mandarim ser introduzido em algumas escolas, iniciando contatos com a Presidente do Hanban, Xu Lin.

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