Ministro brasileiro visita maior coleção de livros raros no Grêmio Literário Português

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Acompanhado do presidente da instituição, Alírio Gonçalves, e do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), um dos principais apoiadores do Grêmio Literário Português, o ministro conheceu algumas das mais antigas edições mantidas pela instituição. Foto Tarso Sarraf

Da Redação

Em seu primeiro compromisso oficial na cidade de Belém (PA), o ministro da Cultura, Roberto Freire, visitou no início do ano o acervo de livros raros do Grêmio Literário Português. Criada em 29 de setembro de 1867, a entidade completa neste ano 150 anos de existência e, entre outras atividades, é responsável por uma das mais importantes bibliotecas privadas do País.

Acompanhado do presidente da instituição, Alírio Gonçalves, e do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), um dos principais apoiadores do Grêmio, o ministro conheceu algumas das mais antigas edições mantidas pela instituição, no último 13 de janeiro.

Entre os 40 mil livros que compõem o acervo está um compêndio com as obras completas de Nicolau Maquiavel, em uma edição italiana de 1550, uma das 30 que impressas em todo o mundo. Há ainda a primeira edição ilustrada do livro Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, lançada em 1723.

Durante a visita, o ministro Roberto Freire também conheceu um pouco do trabalho da Liga Redemptora, formada por pessoas vinculadas ao grêmio que se dedicavam a combater a escravidão no Brasil por meio da aquisição de cartas de alforria.

“Essa é uma instituição com 150 anos de história que o Brasil precisa conhecer, não apenas pelo acervo da biblioteca, extremamente rico, mas também pela luta política na qual se engajou em diversos momentos importantes do nosso País. Portanto, aqui tivemos a oportunidade de encontrar uma boa parte da história da humanidade. Os livros mantidos pela entidade chegam a emocionar, tamanha a relevância”, destacou.

Para Freire, ter no Brasil uma instituição que consegue superar o centenário com um forte viés cultural, de importante valor histórico, é algo a ser louvado. “O trabalho desenvolvido pela historiadora Ethel Soares e pela equipe de bibliotecários do Grêmio, que há mais de 20 anos cuidam da conservação desse patrimônio cultural literário, é impressionante. É muito bom ver nos olhos desses servidores a satisfação pelo cumprimento de uma tarefa tão relevante quanto esta. Os brasileiros precisam ter conhecimento sobre esse trabalho. Lamentavelmente, em nosso País, não temos muitos incentivos para assegurar a durabilidade de livros especiais como estes”, destacou.

Honraria
O Grêmio Literário e Recreativo Português também recebeu a medalha Comemorativa dos 400 anos de Belém, concedida pela Prefeitura Municipal, em cerimônia realizada no último dia 12 de janeiro, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O Presidente Alírio Gonçalves recebeu a honraria das mãos do prefeito Zenaldo Coutinho.

A comenda foi entregue ao clube no dia do aniversário de 401 anos da capital paraense e no ano em que o Grêmio Português completa 150 anos de fundação.

A medalha foi instituída por decreto de 29 de novembro de 2016, para homenagear, por ocasião dos 400 anos de fundação de Belém, personalidades e instituições por relevantes serviços prestados à cidade.

O clube já lançou neste ano uma nova identidade visual comemorativa de aniversário, para convidados, parceiros e patrocinadores. Na ocasião, também foi lançado um selo postal dos Correios, alusivo aos 150 anos do clube.

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