Historiador português participa de delegação que vai entregar manifesto ao Papa

Da Redação
Com Lusa

Foto: Vatican Radio
Foto: Vatican Radio

O diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), António Filipe Pimentel, é um dos 17 historiadores de arte que entregam no dia 27 de maio, ao papa Francisco, em Roma, o manifesto “Arte e Cultura ao serviço da paz no mundo”.

Fonte do museu, em Lisboa, revelou à agência Lusa que o diretor, especialista em arte antiga, foi convidado a participar na delegação de 17 países de quatro continentes que estarão presentes na Conferência Internacional para a Cultura, Arte e Paz.

Nesse encontro vão assinar o documento oficial para a promoção do patrimônio e das atividades culturais como língua universal para o diálogo entre os povos, para entregar numa audiência geral com o Papa.

Participam, entre outros, Sabine Haag, especialista em arte moderna e contemporânea, diretora do Museu Kunsthistorisches de Viena, na Áustria; Sergei Androsov, especialista na arte europeia no Museu Hermitage de São Petersburgo, na Rússia; Juan Ignacio Vidarte, especialista em arte contemporânea, diretor-geral do Museu Guggenheim de Bilbao, em Espanha.

Nina Torres, especialista em arte contemporânea, diretora executiva da Miami River Art Fair, nos EUA, e Dimitrios Pandermalis, especialista em arqueologia e arte antiga, diretor do Museu da Acrópole, em Atenas, na Grécia, estão também entre os especialistas.

Participam ainda no encontro especialistas em conservação, patronos da arte e colecionadores de todo o mundo.

Na quinta-feira decorrem encontros institucionais e os delegados irão participar num painel de debate, moderado por Alessandro Cerioli, intitulado “Arte, luz de Deus, iluminando a humanidade com a luz divina da arte”.

Na sede do parlamento italiano, no Palácio Montecitorio, haverá um encontro moderado por Mario Baccini, ex-ministro da Função Pública e presidente da Agência Nacional de Microcrédito e da Fundação Foedus.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, de pintura, escultura e artes decorativas, portuguesas e europeias, e da Expansão Marítima Portuguesa, com exemplares que vão da Idade Média ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I, datada de 1506, e Biombos Namban, do final do século XVI, que registram a presença dos portugueses no Japão.

Grão Vasco, Gregório Lopes, Cristóvão de Morais, Sebastião Rodrigues, Josefa D’Óbidos, Domingos António de Sequeira são alguns dos pintores portugueses patentes no MNAA.

Piero della Francesca, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, Pieter de Hooch, van Dyck, Murillo, Ribera, Nicolas Poussin, Tiepolo, Francisco de Zurbarán e Jheronymus Bosch são alguns dos mestres europeus representados na coleção do MNAA.

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