Estado português adquire cetro funerário de D. Pedro I do Brasil

Da Redação
Com Lusa

CulinariaBrasilColonia_CaravelaPortugalRJO Estado português adquiriu um cetro em bronze dourado, alusivo a D. Pedro IV, primeiro imperador do Brasil, e que passa a fazer parte da coleção do Palácio Nacional da Ajuda (PNA).

O cetro, realizado em bronze, “inscreve-se no universo da arte funerária régia, uma vez que foi produzido para ser colocado sobre o esquife de D. Pedro, falecido a 24 de setembro de 1834, depositado no Panteão Real de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa”, informa o PNA em comunicado.

D. Pedro, filho de D. João VI, proclamou a independência do Brasil, em 1822, e tornou-se no seu primeiro imperador, tendo abdicado a favor do filho, para assumir a regência do reino de Portugal, em 1832, e entregar o trono à filha, D. Maria II, coroada em 1834 e que reinou até à sua morte, em 1853.

A peça foi adquirida pela Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGPC), sob proposta do PNA, esclarece o comunicado.

O cetro, em meados do século XX, ficou sob a guarda de um prior da igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, que mais tarde o ofereceu a um familiar que “o transacionou no mercado de arte e antiguidades”, explica o mesmo comunicado.

“O proprietário seguinte propôs ao PNA a sua compra, o que viria a acontecer em dezembro último, através da DGPC”.

“A aquisição deste cetro constitui uma importante ação de valorização do património artístico português e, em particular, das coleções do PNA, onde se conserva o notabilíssimo conjunto de objetos de regalia da coroa portuguesa, no qual se preservam três cetros régios, a matriz tipológica para este objeto de arte funerária”, esclarece o PNA.

Segundo o inventário de património móvel da DGPC, o cetro, em bronze fundido, cinzelado e dourado, tem uma altura de 89 centímetros e uma largura de 11 centímetros.

A peça é encimada por “um resplendor que ostenta, de um lado, as armas do reino de Portugal e, do outro, as armas do império Brasileiro, assente sobre um livro que representa a Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa de 1826”.

“A secção superior da haste, subdividida longitudinalmente em duas meias canas, é decorada com friso de folhas de oliveira e duas cintas ostentando as inscrições: ‘Rei 10 de março de 1826’ e ‘Imperador 12 de outubro 1822’”.

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