De Portugal, Reitor fala da internacionalização na área acadêmica em encontro Universia no Rio

Foi anunciado um programa de intercâmbio para 200 mil estudantes ibero-americanos até 2020.

 

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Mundo Lusíada

Mais de 1.200 instituições acadêmicas estiveram reunidas no Rio de Janeiro para debater sobre o presente e o futuro da Universidade e a sua capacidade para responder às necessidades da sociedade, e a projeção da Universidade ibero-americana no contexto mundial.

Portugal esteve representado por uma comitiva de 20 participantes, entre os quais, 14 Reitores de Universidades portuguesas e Presidentes de Institutos Politécnicos, e o Presidente Executivo do Banco Santander Totta, Dr. António Vieira Monteiro.

A Universia, a maior rede de universidades de língua espanhola e portuguesa, promoveu o III Encontro Internacional de Reitores Universia nos dias 28 e 29 de Julho, em encontro no Riocentro, Barra da Tijuca, com a participação de mais de 30 países.

Quais são os progressos da internacionalização das universidades? Avançamos? Foram estas as perguntas que o Reitor da Universidade Nova de Lisboa, Antonio Bensabat Rendas, de Portugal, propôs para uma plateia lotada que assistia ao debate do último dia do III Encontro Internacional de Reitores Universia.

“Não é fácil definir internacionalização. No entanto, isso sempre existiu. Não tem nada de original”, afirmou. “O que é novo agora é a dimensão global que há a respeito desse tema. Antes, a mobilidade acadêmica era um ato individual do estudante. A instituição não tinha nada a ver com isso. Agora isso não acontece mais”, falou.

Para o Reitor, a internacionalização precisa ter relação com a missão social da universidade. “Para isso, precisamos ter compromisso com as verdadeiras parcerias, ou seja, aquelas que respeitam a ética e a igualdade. É um ecossistema baseado na cultura da cooperação. A mobilidade acadêmica é muito poderosa. Melhora a qualidade da educação superior dos estudantes, docentes e pesquisadores”, concluiu.

Estiveram representados, de Portugal, a Universidade da Beira Interior, Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Algarve, Instituto Politecnico do Porto, Universidade Lusiada, Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), Universidade da Madeira, Iscte – I.U.L., Universidade De Aveiro, Universidade de Coimbra, Universidade Católica Portuguesa, I.P. Setubal, e Universidade do Porto

América Latina
A Secretária Geral Ibero-Americana (SEGIB), Rebeca Grynspan, defendeu em seu discurso que é preciso dobrar o investimento em planos de mobilidade de estudantes e professores na região da Ibero-América. Rebeca citou como exemplos os programas Ciência sem Fronteiras, do governo brasileiro, e Erasmus, na Europa.

“Dois terços dos estudantes universitários da América Latina fazem parte da primeira geração da sua família que consegue chegar a uma universidade”, disse. “Possibilitar mais acessos à Educação Superior é ponto-chave para diminuir as desigualdades sociais na região Ibero-América”, completou.

Aos jornalistas, Rebeca Grynspan anunciou que será criado um programa de intercâmbio internacional exclusivo para estudantes da América Latina. O programa, ainda sem nome, deve contemplar 200 mil estudantes ibero-americanos até 2020. “Para começar, em 2015 e 2016, serão inicialmente 25 mil estudantes. Eles serão os pioneiros do programa”, contou.

Segundo a diretora, em um primeiro momento o valor das bolsas serão, em média, de 3 mil a 4 mil euros (de R$ 9 mil a R$ 12 mil) para estadias de até seis meses.

Ainda, o presidente do Banco Santander, Emilio Botín, anunciou o investimento de 700 milhões de euros (R$ 945 milhões de dólares) em projetos universitários nos próximos quatro anos. 40% serão destinados a bolsas de estudo nacional e internacional para estudantes e professores das universidades parceiras da rede Universia, 30% para fomentar a pesquisa, inovação e o empreendedorismo universitário e os 30% restantes para apoiar projetos acadêmicos e iniciativas destinadas à modernização e incorporação das novas tecnologias na universidade.

O evento terminou com o compromisso das instituições de ensino presentes em melhorar, modernizar e internacionalizar a Educação Superior.

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