Danças Tradicionais da Lousã classificadas como Patrimônio Cultural Imaterial

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Mundo Lusíada
Com Lusa

As Danças Tradicionais da Lousa, em Castelo Branco, foram inscritas no Inventário Nacional do Patrimônio Cultural Imaterial português, de acordo com uma portaria publicada em 07 de janeiro no Diário da República. A classificação desta tradição tinha sido proposta em julho de 2014, pela União das Freguesias de Escalos de Cima e Lousa.

As Danças Tradicionais da Lousa são um conjunto de danças cerimoniais realizadas na freguesia do concelho de Castelo Branco por ocasião das festas anuais em honra de Nossa Senhora dos Altos Céus, que se realiza no terceiro fim de semana de maio e decorre ao longo de quatro dias.

As Danças das Virgens e dos Homens realizam-se no domingo após uma procissão religiosa e a Dança das Tesouras na segunda-feira seguinte.

A freguesia de Lousa mantêm viva esta tradição, cuja origem está associada à Lenda da Praga de Gafanhotos que assolou a região por volta de 1640.

A classificação assinada pelo diretor-geral do Patrimônio Cultural, Nuno Vassallo e Silva, deve-se “à importância de que se reveste esta manifestação do patrimônio cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade da Lousa (município de Castelo Branco) em que esta tradição se pratica” e pela “importância de que se reveste esta manifestação (…) pela sua profundidade histórica, dimensão festiva e ritual, assim como pela sua ancoragem social na respectiva comunidade”, segundo o Diário da República.

De acordo com a tradição oral local, as origens destas danças rituais remontam ao século XVII, sendo cumpridas anualmente em agraciamento da padroeira da povoação pela proteção da praga de gafanhotos ocorrida na região em 1640.

Pelo menos desde a década de 1940, a realização destas danças cerimoniais foi interrompida por diversas vezes, tendo sido objeto de uma primeira revitalização em 1958, à qual se sucederam novas interrupções, por períodos menores, quer em virtude do envelhecimento da população, quer em virtude do desinteresse das gerações mais jovens, concretamente dos rapazes, em assegurar a sua participação, constituindo essas as principais ameaças ao futuro desta tradição.

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